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Trump diz que países do Brics podem enfrentar tarifas de 100%

Presidente ameaçou bloco econômico durante uma coletiva na Casa Branca; desdolarização do grupo ganhou relevância nos últimos anos

"Se alguma negociação for concretizada, será uma tarifa de 100%, pelo menos", disse o presidente dos EUA (Andrew-Caballero Reynolds/AFP)

"Se alguma negociação for concretizada, será uma tarifa de 100%, pelo menos", disse o presidente dos EUA (Andrew-Caballero Reynolds/AFP)

Publicado em 13 de fevereiro de 2025 às 18h36.

Última atualização em 13 de fevereiro de 2025 às 19h10.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na quinta-feira, 13, que os países do Brics, bloco formado por economias emergentes, podem enfrentar tarifas de 100% dos Estados Unidos "se quiserem brincar com o dólar".

Em uma coletiva na Casa Branca, Trump disse que "se alguma negociação for concretizada, será uma tarifa de 100%, pelo menos", quando perguntado sobre os países do Brics estabelecerem a sua própria moeda para transações comerciais.

Atualmente, o Brics é composto por dez membros. Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, se uniram ao bloco como membros permanentes Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.

Brics e a desdolarização

O Brics já discutiu a redução do uso do dólar no comércio internacional em seus encontros. O tema ganhou relevância nos últimos anos, especialmente após 2022, quando os Estados Unidos impuseram sanções econômicas à Rússia como parte de uma estratégia para isolar o país em meio ao conflito com a Ucrânia. A discussão sobre alternativas ao dólar se intensificou desde então, com diversos países do bloco manifestando interesse em explorar novas opções financeiras.

Além das ameaças relacionadas ao Brics, Trump adotou tarifas a China, México e Canadá. No entanto, as tarifas contra México e Canadá, de 25%, foram adiadas até 4 de março, após um acordo. Os países vizinhos tomaram medidas para reforçar a segurança na fronteira e assumiram mais alguns compromissos.

Já as tarifas contra a China, de 10% adicionais, entraram em vigor no dia 4. Em resposta, a China impôs tarifas de 10% a 15% em uma série de produtos dos EUA, que passaram a valer na segunda, 10.

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