Mundo

Trump diz que pai de Cruz tem ligação com morte de Kennedy

A acusação ocorreu por causa de uma foto publicada por um tabloide sensacionalista, que mostra o pai de Cruz distribuindo folhetos em apoio a Fidel Castro


	Kennedy: "o pai dele esteve com Lee Harvey Oswald antes de ele atirar (em Kennedy). Ninguém menciona, mas eu acho que é horrível", respondeu Trump
 (Reprodução)

Kennedy: "o pai dele esteve com Lee Harvey Oswald antes de ele atirar (em Kennedy). Ninguém menciona, mas eu acho que é horrível", respondeu Trump (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2016 às 15h15.

Washington - O empresário e pré-candidato republicano Donald Trump acusou nesta terça-feira o pai de seu principal rival, Ted Cruz, de ter ligação com Lee Harvey Oswald, acusado de assassinar o ex-presidente John F. Kennedy, coincidindo com a eleição primária de Indiana, considerada como essencial para a corrida do partido à presidência dos Estados Unidos.

A acusação de Trump ocorreu por causa de uma foto publicada no mês passado pelo tabloide sensacionalista "National Enquirer".

Oswald aparece ao lado de uma pessoa que a publicação identifica com o pai do senador, Rafael Cruz, distribuindo folhetos de apoio ao líder cubano Fidel Castro em Nova Orleans, em 1963.

Em entrevista à emissora "Fox News", Trump foi pedido para dar uma resposta à solicitação de Rafael Cruz para que os evangélicos de Indiana votassem em seu filho, sugerindo que a alternativa poderia significar a "destruição da América".

"O pai dele esteve com Lee Harvey Oswald antes de ele, você sabe, atirar (em John F. Kennedy). Ninguém menciona, nem sequer falam disso, mas eu acho que é horrível", respondeu Trump.

"O que ele estava fazendo com Lee Harvey Oswald pouco antes da morte (de Kennedy), dos disparos? É horrível", acrescentou.

Nascido em Cuba, Rafael Cruz deixou a ilha em 1957 e se estabeleceu nos EUA, apoiando em princípio a revolução liderada por Fidel Castro na ilha. Depois, o pai do pré-candidato renegou seu apoio a Castro e ao comunismo, e hoje é pastor evangélico.

A campanha do senador já classificou como "lixo" o artigo do "National Enquirer", mas hoje o próprio Cruz quis responder às acusações de Trump, chamando o rival de "mentiroso patológico". Já em Indiana, o pré-candidato afirmou que Trump é "narcisista" e uma pessoa "completamente amoral".

As eleições primárias que serão realizadas hoje em Indiana são vitais para os esforços de Cruz para manter viva a corrida pela Casa Branca e frear o avanço de Trump para conseguir a indicação presidencial republicana.

Graças aos triunfos da semana passada em cinco estados do nordeste do país, Trump tem agora quase 1.000 delegados dos 1.237 necessários para ser proclamado candidato, comparado com os 565 de Cruz e 153 do governador de Ohio, John Kasich.

Se Trump triunfar em Indiana, onde o vencedor levará a maioria dos 57 delegados republicanos em jogo, é muito provável que o empresário atinja o número necessário para indicação com uma vitória no próximo dia 7 de junho na Califórnia, estado no qual parte como favorito nas pesquisas de intenção de voto. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCelebridadesCubaDonald TrumpEleições americanasEmpresáriosPartido Republicano (EUA)

Mais de Mundo

Tesla reduz preços e desafia montadoras no mercado automotivo chinês

Alemanha prepara lista de bunkers e abrigos diante do aumento das tensões com a Rússia

Relatório da Oxfam diz que 80% das mulheres na América Latina sofreram violência de gênero

Xi Jinping conclui agenda na América do Sul com foco em cooperação e parcerias estratégicas