Donald Trump: "se alguém fizer um comentário desagradável ou polêmico sobre mim (a Obama), tenho certeza que o presidente não viria em meu resgate". (Brendan McDermid/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2015 às 17h42.
Washington - O magnata e pré-candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, disse neste sábado que não se considera "obrigado moralmente a defender" o presidente Barack Obama, ao rebater as críticas que recebeu por não rejeitar insultos feitos contra o presidente e os muçulmanos por um de seus fãs.
"Sou obrigado a defender o presidente cada vez que alguém diz algo ruim ou controvertido sobre ele? Não acredito!", escreveu Trump em sua conta no Twitter.
Além disso, ironizou que "é a primeira vez em minha vida que crio controvérsia por NÃO dizer algo", em referência a sua loquacidade e irreverência.
Por último, Trump acrescentou que "se alguém fizer um comentário desagradável ou polêmico sobre mim (a Obama), tenho certeza que o presidente não viria em meu resgate".
Essa foi a réplica do magnata, que lidera as pesquisas para as primárias republicanas, à controvérsia gerada por não ter desautorizado uma declaração realizada por um cidadão que participou de um de seus comícios esta semana.
"Temos um problema neste país, se chama muçulmanos. Sabemos que nosso presidente é um deles, que não é nem mesmo americano. Mas de todo modo, temos campos de treinamento ali onde nos querem matar. Minha pergunta é, quando poderemos nos desfazer deles?", perguntou a Trump um de seus seguidores em Rochester (New Hampshire) na quinta-feira.
Em seguida outro dos presentes tomou a palavra para dizer que aplaudia o homem que disse que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, é um muçulmano nascido no exterior, ao que Trump respondeu somente com um "correto" antes de passar à seguinte pergunta.
Trump é um dos republicanos que há anos questionam a nacionalidade de Obama, e que o pressionou a publicar sua certidão de nascimento em 2011, que prova que o presidente nasceu no Havaí em 1961. EFE