Agência de notícias
Publicado em 8 de julho de 2025 às 07h48.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na segunda-feira, 7, que Washington enviará armas adicionais para a Ucrânia, após a Casa Branca ter anunciado, na semana passada, uma pausa no envio de alguns armamentos para Kiev.
"Vamos ter que enviar mais armas, principalmente armas defensivas", disse Trump a jornalistas na Casa Branca. — Eles estão sendo atingidos muito, muito duramente.
Trump também afirmou novamente que "não está feliz" com o presidente russo, Vladimir Putin. A frustração do americano tem sido mais visível nas últimas semanas, com Putin demonstrando pouca disposição para encerrar o conflito, apesar da pressão.
Nas últimas semanas, a Rússia tem intensificado os ataques aéreos contra a Ucrânia. Dados compilados pela agência de notícias francesa AFP indicaram que Moscou disparou um número recorde de mísseis e drones em junho, em meio à falta de progresso nas negociações diretas de paz entre os dois países.
Os ataques acontecem poucos dias depois de um diálogo entre Putin e Trump, que o presidente americano disse não ter resultado em "nenhum avanço". Destaques da conversa revelados pelo Kremlin mostram que Putin advertiu Trump de que não renunciará a seus objetivos na guerra.
A Ucrânia também intensificou seus ataques a drone contra a Rússia, infligindo alguns danos em território inimigo, mas se vê em uma posição de desvantagem, perdendo terreno na linha de frente, e, até então, sob risco de sofrer uma forte baixa nos estoques de armamentos.
Sob o governo do ex-presidente Joe Biden, Washington prometeu fornecer mais de US$ 65 bilhões em ajuda militar à Ucrânia. Mas Trump, há muito cético em relação à ajuda à Ucrânia, não seguiu o exemplo e não anunciou nenhum novo pacote de ajuda militar para Kiev desde que assumiu o cargo em janeiro deste ano.