Trump: para o presidente dos EUA, investigação de Kavanaugh é uma "tática" da oposição, já que os supostos abusos teriam ocorrido em 1982 (Carlos Barria/Reuters)
EFE
Publicado em 30 de setembro de 2018 às 11h33.
Washington - O presidente de Estados Unidos, Donald Trump, disse neste sábado que a oposição democrata quer fazer com que seu país seja como a Venezuela e os qualificou de "o partido do crime".
Durante um comício no estado de Virgínia Ocidental, o líder atacou os democratas e os acusou de querer fazer com os EUA um país como o que preside Nicolás Maduro: "(Querem) nos tornar a Venezuela", afirmou Trump.
Diante de uma multidão que vestia as clássicas camisetas de "Make America Great Again" (Tornar os EUA grandes de novo), Trump tachou o partido da oposição como "o partido do crime" e afirmou que "ficaram 'loucos'".
O presidente criticou os democratas por tentarem impedir a candidatura de seu indicado para o Tribunal Supremo, Brett Kavanaugh, acusado por três mulheres de abusos sexuais, alegações agora investigadas pelo FBI.
Trump pediu o voto de seus correligionários para rejeitar as "implacáveis táticas" supostamente usadas pelos democratas contra seu indicado.
"O que vimos é este horrível, horrível e radical grupo de democratas. Vocês não veem o que está acontecendo agora", lamentou Trump, em referência à audiência na qual uma das supostas vítimas de Kavanaugh testemunhou em público para narrar fatos que supostamente aconteceram em 1982.
Trump também tinha se pronunciado antes sobre as pesquisas do Escritório Federal de Investigação (FBI).
"Têm via livre, podem fazer o que tiverem que fazer, façam o que for preciso", afirmou o presidente, que na sexta-feira ordenou ao FBI que continuasse com estas averiguações, apesar de dias atrás ter enfatizado que não acreditava que devesse investigar o caso.
Durante o comício, Trump também se referiu como de costume à relação dos EUA com os demais países, especialmente Coreia do Norte.
O presidente americano chegou a brincar com o fato de ele e Kim Jong-un "terem se apaixonado" e reiterou que antes de chegar à Casa Branca "teria uma guerra" quando seu antecessor, Barack Obama, governou (2009-2017).