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Trump diz que decisão judicial contra veto é "vergonhosa"

Um painel de três juízes rejeitou por unanimidade que o bloqueio ao veto põe o país em perigo, como argumenta o governo

Donald Trump: apesar da decisão unânime, Trump alega que a decisão foi "política" (Joshua Roberts/File Photo/Reuters)

Donald Trump: apesar da decisão unânime, Trump alega que a decisão foi "política" (Joshua Roberts/File Photo/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 13h38.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2017 às 13h38.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que a decisão de um tribunal de apelação que manteve suspenso seu veto temporário à entrada no país de refugiados e cidadãos de sete países muçulmanos é "vergonhosa".

"Uma decisão vergonhosa!", escreveu Trump em sua conta pessoal no Twitter, ao citar o blog de informação judicial "Lawfare", que critica a sentença do painel de três juízes do tribunal, mas que admite que a corte agiu corretamente.

"LAWFARE: 'De maneira extraordinária, em todo seu veredicto, o painel não se preocupou inclusive em citar este estatuto'", acrescenta o presidente, em alusão à publicação, que se refere a um estatuto no qual se baseia o polêmico decreto com o qual ordenou o veto migratório no dia 27 de janeiro.

Um painel de três juízes - dois democratas e um republicano - do Tribunal de Apelações do Nono Circuito, com sede em San Francisco (Califórnia), rejeitou por unanimidade que o bloqueio ao veto põe o país em perigo, como argumenta o governo.

Apesar da decisão unânime, Trump disse ontem à noite que a decisão foi "política".

"NOS VEMOS NOS TRIBUNAIS, A SEGURANÇA DE NOSSO PAÍS ESTÁ EM JOGO!", ressaltou o presidente, usando letras maiúsculas, em mensagem publicada no Twitter.

O Departamento de Justiça pode agora apresentar um recurso perante a Suprema Corte ou solicitar outra revisão da sentença a uma corte federal com um número maior de juízes.

A ordem de Trump suspendia durante 120 dias o programa de amparo a refugiados dos EUA - ou indefinidamente, no caso dos refugiados sírios - e paralisava durante 90 dias a emissão de vistos para cidadãos de sete países de maioria muçulmana: Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Irã e Iêmen.

Dada a suspensão temporária do decreto, os cidadãos dos países afetados se apressaram para viajar aos EUA com os vistos que já tinham.

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