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Trump diz que checagem de antecedentes não teria evitado tiroteios nos EUA

Declaração do presidente dos EUA acontece apenas um dia após atirador ter matado sete pessoas no Texas

Donald Trump: medida que obriga vendedores de armas a checar antecedentes criminais do cliente foi aprovada pela Câmara, mas bloqueada pelo Senado, controlado pelo mesmo partido do presidente (Leah Millis/Reuters)

Donald Trump: medida que obriga vendedores de armas a checar antecedentes criminais do cliente foi aprovada pela Câmara, mas bloqueada pelo Senado, controlado pelo mesmo partido do presidente (Leah Millis/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de setembro de 2019 às 15h02.

Washington - Enquanto os Estados Unidos enfrentavam mais um ataque em massa com tiros neste domingo (1º), o presidente Donald Trump disse que a verificação de antecedentes dos compradores de armas não teria evitado recentes casos de violência no país.

Um atirador perto de Odessa, Texas, matou sete pessoas e feriu mais 21 depois de fugir de uma parada da polícia rodoviária no sábado. A motivação dos ataques permanece obscura.

Trump fez as declarações a jornalistas na Casa Branca depois de retornar a Washington de Camp David. O presidente disse que trabalhará com democratas e republicanos em uma legislação sobre armas quando o Congresso voltar neste mês.

 

"Acho que o Congresso tem muito o que pensar, francamente. Eles têm trabalhado muito", disse Trump. "Eu acho que vocês vão ver algumas coisas interessantes acontecendo."

No início deste ano, a Câmara dos Deputados dos EUA, controlada pelos Democratas, aprovou um projeto de lei que pede verificações de antecedentes em todas as compras de armas, incluindo vendas em feiras de armas, que atualmente estão isentas. Mas a medida não foi deliberada no Senado, controlado pelos republicanos.

Trump disse na Casa Branca que "na maioria das vezes, por mais que você faça as verificações de antecedentes, elas não teriam impedido nada disso".

No mês passado, um atirador matou 22 pessoas e feriu outras 24 em El Paso, Texas, enquanto outro agressor matou nove e feriu 27 em Dayton, Ohio.

O atirador no incidente deste sábado (31) abriu fogo após ser parado pela polícia na rodovia perto da cidade de Midland, Texas, e depois disparou contra pedestres e motoristas. A certa altura, ele largou o carro e sequestrou um caminhão postal. O atirador, que permanece não identificado, foi morto pela polícia em um estacionamento de um cinema em Odessa. Trump o chamou de "uma pessoa muito doente".

Após os tiroteios em El Paso e Dayton, Trump inicialmente indicou uma disposição de apoiar verificações mais rigorosas de antecedentes dos compradores de armas, mas desde então parece ter se alinhado mais ao lobby das armas, que se opõe a qualquer aumento de restrições.

Julian Castro, o ex-secretário de Habitação dos EUA e candidato democrata à presidência pelos Democratas, disse neste domingo que Trump "voltou atrás em sua palavra" em relação à legislação para verificação de antecedentes. Castro, que fez as observações no "Meet the Press" da NBC, é um ex-prefeito de San Antonio, Texas.

Trump sugeriu que apoiaria os esforços para incentivar os Estados a adotar leis de "bandeira vermelha", que dão a familiares e à polícia o poder de obter uma ordem judicial para confiscar armas de fogo de alguém considerado perigoso para si ou para outros.

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