Mundo

Trump diz não ter dinheiro para pagar R$ 2,3 bilhões para a Justiça de Nova York

Ex-presidente pediu que valor seja reduzido ou fiança suspensa enquanto ele recorre a instância superior

Trump: caso não consiga pagar o valor até 25 de março, Trump pode ter contas congeladas e bens penhorados pela Justiça (Brendan McDermid-Pool/Getty Images)

Trump: caso não consiga pagar o valor até 25 de março, Trump pode ter contas congeladas e bens penhorados pela Justiça (Brendan McDermid-Pool/Getty Images)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 19 de março de 2024 às 07h26.

O ex-presidente dos EUA Donald Trump afirmou não ter como pagar o valor de US$ 454 milhões (R$ 2,3 bilhões na cotação atual) cobrado pela Justiça de Nova York no âmbito do processo civil por fraude contábil, em que foi condenado em 1ª instância por inflar o valor de suas empresas para ter condições de empréstimo favoráveis e outros benefícios. Caso não consiga pagar o valor até 25 de março — ou uma decisão judicial que suspenda o pagamento até que seu recurso em uma instância superior seja julgado, Trump pode ter contas congeladas e bens penhorados pela Justiça.

De acordo com os advogados do ex-presidente, Trump tentou contato com 30 empresas de seguro, sem sucesso, em um sinal de que "a obtenção de uma fiança de recurso no valor total da sentença não é possível nas circunstâncias apresentadas". Em contrapartida, a equipe jurídica pediu ao Tribunal de Apelações que suspenda a sentença ou aceite uma fiança de US$ 100 milhões (R$ 503 milhões).

O pedido é o mais recente sinal de que Trump está enfrentando uma crise de caixa depois de perder dois julgamentos civis neste ano, que exigem que ele pague mais de US$ 540 milhões em multas (R$ 2,7 bilhões), um obstáculo para o seu lotado calendário jurídico e eleitoral. O republicano nega qualquer irregularidade em todos os casos e argumenta que o veredicto de fraude em Nova York visa “destruir um negócio de sucesso”.

Caso o Tribunal de Apelações rejeite o recurso da defesa de Trump, o ex-presidente não fica totalmente sem opções. Ele pode recorrer ao mais alto tribunal do Estado, vender algum ativo que o faça obter o valor exigido ou procurar ajuda de um apoiador rico.

A equipe jurídica de Trump também teria deixado aberta a possibilidade de explorar a falência das entidades corporativas implicadas no caso, segundo pessoas ouvidas pelo The New York Times. A opção, no entanto, poderia ter implicações políticas e de imagem para o magnata.

— Simplificando, um título desse tamanho raramente é visto, ou nunca — disse Gary Giulietti, executivo da Lockton Cos. que foi contratado por Trump para ajudar a organizar um título, em um depoimento junto com o processo judicial. — Nas circunstâncias incomuns em que um título deste tamanho é emitido, ele é fornecido às maiores empresas públicas do mundo, e não a indivíduos ou empresas privadas.

O ex-presidente trabalhou com a Federal Insurance Co. da Chubb Ltd. para emitir uma fiança de US$ 91,6 milhões no início deste mês para apelar de um veredicto contra ele no processo de difamação de E. Jean Carroll, depois que o juiz do caso se recusou a suspender a fiança enquanto ele corre sua apelação. O documento do título não especificava o que Trump apresentou como garantia.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpJustiça

Mais de Mundo

Quem são Evgenia Shishkova e Vadim Naumov, patinadores russos que estavam no avião em Washington

Operação online da China teria pedido derrubada do governo da Espanha, diz relatório

União Europeia estagna com principais economias prejudicadas pela situação política

Túneis da 2ª Guerra serão transformados em atração turística de Londres