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Trump diz confiar em agências de inteligência dos EUA após críticas

Em encontro com Vladimir Putin, presidente americano questionou conclusões das agências de que Rússia interferiu nas eleições dos EUA em 2016

Donald Trump: presidente defendeu que por serem as duas maiores potencias nucleares do planeta, Rússia e EUA devem se entender (Carlo Allegri/Reuters)

Donald Trump: presidente defendeu que por serem as duas maiores potencias nucleares do planeta, Rússia e EUA devem se entender (Carlo Allegri/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de julho de 2018 às 18h57.

Washington - Depois de questionar as agências de inteligência dos Estados Unidos na frente do presidente da Rússia, Vladimir Putin, o presidente americano, Donald Trump, afirmou ter "grande confiança" no trabalho desenvolvido pelos órgãos do país.

"Como disse hoje e muitas vezes anteriormente: tenho uma GRANDE confiança na MINHA gente da inteligência. No entanto, também sei que para construir um futuro mais brilhante não podemos focar exclusivamente no passado", disse Trump no Twitter.

Trump defendeu, além disso, que por serem as duas maiores potencias nucleares do planeta, Rússia e EUA devem se entender.

Com a breve mensagem, o presidente americano respondeu às críticas feitas depois da entrevista coletiva que concedeu ao lado de Putin após o encontro entre ambos em Helsinque, na Finlândia.

Diante do presidente russo, Trump questionou as conclusões das agências de inteligência americanas, que garantem que o Kremlin interferiu nas eleições presidenciais de 2016.

Há meses os principais órgãos do setor no país, incluindo o FBI e a CIA, dizem ter provas de que os russos interferiram no pleito, mas descartam que as ações empreendidas pelo Kremlin tenham influenciado no resultado final que levou Trump ao poder.

Apesar dessas conclusões, Trump afirmou hoje que não via "nenhuma razão" para que a Rússia interferisse nas eleições e que Putin o convenceu da inocência do Kremlin durante o encontro entre eles.

A afirmação provocou um tsunami de críticas nos EUA. Entre os que questionaram as declarações de Trump estão dois ex-diretores da CIA, Michael Hayden (2006-2009) e John Brennan (2013-201&). O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Paul Ryan, também discordou da conduta do companheiro de partido na entrevista.

Além disso, o chefe da Diretoria Nacional de Inteligência, Dan Coats, defendeu em comunicado o trabalho das agências, reiterou a convicção de que o Kremlin interferiu nas eleições e que continua tentando minar a democracia no país.

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