Trump e Obama: de acordo com as informações, ficarão isentos os embaixadores de carreira (Kevin Lamarque/Reuters)
EFE
Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 21h41.
Washington - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu uma ordem "sem exceções" para que os embaixadores "políticos" designados pelo líder antecessor, Barack Obama, abandonem os cargos no dia 20 janeiro, o que ameaça deixar grandes delegações diplomáticas sem representação de alto nível.
A medida, que se refere à data em que Trump tomará posse como presidente, foi revelada pelo jornal "The New York Times", que cita como fontes funcionários do Departamento de Estado.
Nos EUA é habitual que o presidente designe embaixadores "políticos", aqueles nomeados diretamente e que, em grande parte dos casos, são doadores e amigos, um grupo que, segundo os veículos de imprensa americanos, representa cerca de 30% do total.
De acordo com essas informações, ficarão isentos os embaixadores de carreira que fazem parte do corpo diplomático do Departamento de Estado dos EUA.
A decisão põe fim à tradição que havia sido mantida em transferências de governo anteriores, que permitia extensões do tempo à frente das embaixadas em função de circunstâncias pessoais, como o ano letivo dos filhos dos embaixadores.
Deste modo, e levando em conta que as indicações para liderar as embaixadas dos EUA devem ser confirmadas pelo Senado, o governo pode ficar sem representantes do mais alto nível em sedes diplomáticas de grande importância como França, Japão e Israel.
Diante da ausência de um embaixador, as delegações diplomáticas são lideradas por funcionários de carreira que estiverem prestando serviço à espera da confirmação do novo representante.