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Trump denuncia que houve espião do FBI dentro de sua campanha

Presidente norte-americano tuitou notícias sobre o suposto informante e sugeriu que se tratava de uma operação de espionagem do ex-presidente Obama

Donald Trump: " Isso aconteceu desde o início e muito antes que a farsa da Rússia se tornasse uma história 'candente' de notícias falsas" (Kevin Lamarque/Reuters)

Donald Trump: " Isso aconteceu desde o início e muito antes que a farsa da Rússia se tornasse uma história 'candente' de notícias falsas" (Kevin Lamarque/Reuters)

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AFP

Publicado em 18 de maio de 2018 às 16h27.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alegou nesta sexta-feira (18) que o FBI colocou um informante em sua campanha de 2016, dando mais um passo em seus esforços para mudar o rumo da investigação sobre a Rússia.

"Existem informações de que efetivamente houve ao menos um representante do FBI implantado com fins políticos em minha campanha para presidente. Isso aconteceu desde o início e muito antes que a farsa da Rússia se tornasse uma história 'candente' de notícias falsas. Se for verdade, é o maior escândalo político da história!".

Na quinta-feira, Trump tuitou notícias sobre o suposto informante e sugeriu que se tratava de uma operação de espionagem do ex-presidente Barack Obama: "Se for assim, isso será maior que Watergate".

O FBI não se pronunciou sobre se tinha alguém da Inteligência dando informações sobre os contatos entre a campanha do presidente e a Rússia em 2016.

Se for confirmado, a poderosa agência federal, que teve durante seus primeiros anos de funcionamento uma história de controle de políticos, poderia se ver forçada a se defender contra acusações por espionagem a um candidato.

Devin Nunes, presidente do Comitê de Inteligência e fiel apoio de Trump, exigiu no mês passado que o FBI e o Departamento de Justiça fornecessem informação secreta a seu grupo sobre o informante, o que aumentou as preocupações de que poderiam revelar sua identidade.

Para evitar isso, funcionários de alto escalão governamentais de Inteligência ofereceram a Nunes e ao legislador republicano Trey Gowdy uma sessão informativa privada no Departamento de Justiça e no FBI.

Mas essa manobra não acabou com a história.

Os indícios de que forças de ordem tiveram uma fonte dentro da campanha de Trump têm sido tão fortes quanto a investigação comandada há um ano pelo procurador especial Robert Muelelr sobre as ligações entre a campanha do presidente e a Rússia.

O presidente assegurou no ano passado, sem dar provas, que Obama teve informantes durante as eleições de 2016 dentro dos escritórios da Trump Tower de Nova York.

Tanto o New York Times como o Washington Post disseram que fontes policiais confirmaram a existência de um confidente, usado pelo FBI em muitas investigações, que deu informações sobre os contatos entre a campanha de Trump e a Rússia.

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