Mundo

Trump "dará um tiro no pé" em relação a Taiwan, diz China

"Se alguém tenta violar o princípio de uma só China, enfrentará a oposição geral do governo e do povo chinês", afirmou a porta-voz do ministério

China: o reconhecimento de uma só China "não é negociável" (Reprodução/Getty Images)

China: o reconhecimento de uma só China "não é negociável" (Reprodução/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 14h34.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, "dará um tiro no pé" se insistir em reforçar as relações entre Washington e Taiwan, que é considerado pela China como uma ilha rebelde, advertiu nesta segunda-feira (16) o executivo chinês.

Pequim impõe o reconhecimento do princípio político de uma só China em relação a Taiwan a todos os países com os quais mantêm relações diplomáticas.

Essa fórmula impede o reconhecimento formal da independência da ilha de Taiwan, politicamente separada do continente desde o fim da guerra civil de 1949, e que Pequim deseja unificar com o resto da China.

Em entrevista ao Wall Street Journal na semana passada, Donald Trump declarou estar disposto a questionar esse princípio, por considerar que "tudo é negociável, incluindo (o princípio) de uma só China".

Os Estados Unidos respeitam esse princípio desde 1979, quando rompeu vínculos com Taiwan e reconheceu Pequim.

"Se alguém tenta violar o princípio de uma só China, enfrentará a oposição geral do governo e do povo chinês, assim como da comunidade internacional", acrescentou a porta-voz do ministério de Relações Exteriores, Hua Chunying.

"No final ele dará um tiro no pé", considerou Chunying.

O reconhecimento de uma só China "não é negociável",indicou em comunicado no último fim de semana o governo de Pequim.

Acompanhe tudo sobre:ChinaDonald TrumpEstados Unidos (EUA)Taiwan

Mais de Mundo

O que é o Projeto Manhattan, citado por Trump ao anunciar Musk

Donald Trump anuncia Elon Musk para chefiar novo Departamento de Eficiência

Trump nomeia apresentador da Fox News como secretário de defesa

Milei conversa com Trump pela 1ª vez após eleição nos EUA