Agência de Notícias
Publicado em 31 de julho de 2025 às 18h02.
Última atualização em 31 de julho de 2025 às 18h08.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu nesta quinta-feira um prazo de 60 dias a 17 empresas farmacêuticas para garantir os melhores preços para novos medicamentos ou, caso contrário, enfrentar “todas as ferramentas” que o governo mobilizará em benefício das famílias.
Trump enviou cartas aos diretores dessas empresas, entre elas Eli Lilly and Company, nas quais os adverte que, a partir de agora, “a única coisa” que aceitará dos fabricantes é um compromisso que ofereça aos cidadãos o fim “dos preços extremamente inflacionados e do uso gratuito da inovação americana por parte dos países europeus e outros países desenvolvidos”.
Entre suas exigências, de acordo com a carta lida pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, estão a extensão dos preços “de nação mais favorecida ao plano médico Medicaid, a devolução das receitas adicionais obtidas no exterior aos pacientes e contribuintes americanos e a permissão para a compra direta a preços de nação mais favorecida”.
Trump publicou pouco depois as 17 cartas em sua plataforma Truth Social, dirigidas a Eli Lilly and Company, Pfizer, Sanofi, Regeneron Pharmaceuticals, Merck and Company, EMD Serono, GSK, Johnson & Johnson, Genentech, Amgen, AstraZeneca, Novo Nordisk, Gilead Sciences, Novartis, Bristol Myers Squibb, Boehringer Ingelheim e AbbVie.
Nelas, o líder republicano lembrou que, em 12 de maio, assinou uma ordem executiva solicitando que essas empresas reduzissem os preços dos medicamentos no país em um prazo de 30 dias.
O objetivo é garantir que os americanos paguem os mesmos preços que outras nações desenvolvidas.
“Atualmente, os medicamentos de marca nos Estados Unidos são, em média, até três vezes mais caros do que em qualquer outro lugar para os mesmos medicamentos. Esse fardo inaceitável sobre as famílias trabalhadoras americanas termina com meu governo”, destaca o texto.
Caso recusem o pedido, de acordo com a carta, o governo tomará todas as medidas ao seu alcance “para proteger as famílias americanas das práticas abusivas contínuas no estabelecimento dos preços dos medicamentos”.
“Os americanos exigem preços mais baixos para os medicamentos e precisam deles hoje. Outros países se aproveitaram da nossa inovação por muito tempo e é hora de pagarem o que lhes cabe”, conclui a carta.