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Trump culpa "mídia enlouquecida" por cobrir gritos xenófobos de eleitores

Para o presidente dos EUA, os meios de comunicação perderam sua credibilidade e se converteram em parte do "Partido Radical de Esquerda dos Democratas"

Donald Trump: Presidente dos Estados Unidos em campanha pela reeleição durante comício (Madeline Gray/Bloomberg)

Donald Trump: Presidente dos Estados Unidos em campanha pela reeleição durante comício (Madeline Gray/Bloomberg)

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AFP

Publicado em 19 de julho de 2019 às 12h32.

Última atualização em 19 de julho de 2019 às 12h33.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a "mídia enlouquecida", nesta sexta-feira (19), pela cobertura das palavras de ordem que seus seguidores usaram durante um comício contra uma congressista nascida na Somália.

Diante da crescente polêmica causada pelas palavras de ordem "mandem ela de volta!", dirigidas por seus seguidores contra a congressista democrata Ilhan Omar, Trump acusou os meios de comunicação de terem uma "associação doentia" com seus oponentes democratas.

"É impressionante como a Mídia Fake News enlouquece com os cantos de 'mandem ela de volta!', mas aceitam com total calma os comentários vis e desagradáveis feitos por três congressistas radicais de esquerda", criticou Trump no Twitter.

Para Trump, os meios de comunicação tradicionais "perderam totalmente sua credibilidade e, seja oficial, ou extraoficial, se converteram em parte do Partido Radical de Esquerda dos Democratas".

"É uma associação doentia e muito patética", enfatizou.

Trump provocou uma onda de indignação no final de semana, quando pediu a Omar e a outras três representantes (deputadas) do Partido Democrata, todas pertencentes a minorias, que voltassem para seus países.

Apesar da controvérsia sobre seus comentários, condenados pela Câmara dos Representantes por considerá-los "racistas", Trump seguiu em frente com os ataques em um comício na Carolina do Norte na quarta-feira. No evento, seus seguidores gritavam "mandem ela de volta", em alusão a Omar.

Depois, Trump tentou se distanciar do incidente e disse não aprovar os gritos da multidão. As imagens de televisão mostraram, porém, o presidente em silêncio, esperando a manifestação terminar para prosseguir seu discurso.

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