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Trump culpa Hillary por capacidade nuclear da Coreia do Norte

Segundo Trump, tanto Hillary quanto Bill Clinton permitiram "que a Coreia do Norte investigasse e construísse mísseis nucleares" enquanto estavam no governo

Donald Trump: Hillary se pronunciou de maneira crítica em relação ao discurso de Trump na ONU (Kevin Lamarque/Reuters)

Donald Trump: Hillary se pronunciou de maneira crítica em relação ao discurso de Trump na ONU (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de setembro de 2017 às 11h15.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, culpou nesta quarta-feira a ex-secretária de Estado Hillary Clinton e o marido dela, o ex-presidente Bill Clinton, pela capacidade nuclear que a Coreia do Norte tem atualmente.

"Após permitir que a Coreia do Norte investigasse e construísse mísseis nucleares quando era secretária de Estado (Bill Clinton também), a 'Desonesta' Hillary agora critica", escreveu o republicano em sua habitual bateria de mensagens no Twitter ao longo da madrugada.

Além disso, Trump retuitou a mensagem de outro usuário que enfatizava "o cúmulo da hipocrisia": "(Barack) Obama e (Hillary) Clinton, de fato, deram armas nucleares à Coreia do Norte com a sua política de apaziguamento", disse o internauta.

Repetindo o apelido que deu a Hillary durante a corrida eleitoral ("desonesta"), Trump respondeu assim às críticas da ex-secretária de Estado em seu primeiro discurso na ONU ontem, no qual ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte se continuar com os testes nucleares.

No programa "The Late Show with Stephen Colbert", Hillary Clinton considerou o pronunciamento do presidente "muito obscuro" e "perigoso".

"Quando enfrentamos situações perigosas como a que está ocorrendo na Coreia do Norte, para deixar claro, a prioridade é ser sempre diplomático. Vemos isto como perigoso para os nossos aliados, para a região e inclusive para o nosso país, pedimos a todas as nações que trabalhem conosco para encerrar a ameaça de Kim Jong-un. Não toleraremos nenhum ataque aos nossos aliados ou a nós", opinou.

Ao estrear na Assembleia Geral da ONU, Trump alertou que não haverá outra opção a não ser "destruir totalmente" a Coreia do Norte caso o regime de Pyongyang continue a ameaçando outros países.

Em referência ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, o presidente americano acrescentou que "o Homem Míssil está em uma missão suicida para ele e para o seu regime".

Após meses longe dos holofotes, Hillary Clinton reapareceu na mídia na semana passada para apresentar o seu livro sobre a derrota eleitoral "What Happened" ("O que aconteceu", em inglês).

Embora tenha falado mais do passado e do futuro que do presente na entrevista, Hillary se pronunciou de maneira crítica em relação ao discurso de Trump na ONU.

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