(Getty Images/AFP)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 22 de setembro de 2020 às 11h29.
Última atualização em 22 de setembro de 2020 às 12h19.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou a covid-19 de "vírus chinês" e "praga" durante o seu discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, realizada nesta terça-feira, 22. Pela primeira vez em formato virtual, em virtude da pandemia, Trump ainda acusou a China de ser responsável pelo coronavírus.
Este ano, por causa da covid-19, as falas dos presidentes foram gravadas em vídeos e encaminhadas antecipadamente à Organização das Nações Unidas (ONU).
Ele ainda afirmou que o país está fazendo a mobilização mais agressiva desde a Segunda Guerra Mundial para produzir um suplemento recorde de ventiladores para outros países que ele chamou de "amigos e parceiros ao redor do mundo".
Donald Trump fez acusações à China por crimes ambientais, como jogar milhões de toneladas de plástico, destruindo corais e lançando "mais mercúrio na natureza que qualquer outro país no mundo", segundo dele.
"A China tem o dobro das emissões de carbono dos Estados Unidos, e subindo. Em contraste, depois que eu tirei os EUA do acordo de Paris no último ano, nós reduzimos nossas emissões de carbono mais que qualquer outro país signatário. Aqueles que ignoram os avanços americanos em relação ao clima enquanto fecham os olhos para o que a China faz não estão interessados no clima, mas sim em punir os Estados Unidos, e eu não concordarei com isso também", disse.
Em uma parte do discurso, ele falou diretamente aos americanos, que vivem uma onda de protestos em decorrência de atitudes racistas de policiais brancos. Trump disse que os Estados Unidos estão na "vanguarda dos Direitos Humanos".
"A ONU deveria focar nos problemas reais do mundo, como o terrorismo, a opressão das mulheres, trabalho escravo, tráfico humano, perseguições religiosas. Minha administração está avançando na proteção das liberdades religiosas, das oportunidades para as mulheres, da descriminalização da homossexualidade, combate ao tráfico humano e na proteção de crianças ainda não nascidas", disse.
Trump aproveitou o momento para enaltecer a mediação no acordo de paz entre Israel, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein. Disse também que o documento deve incluir outros países do Oriente Médio.
"Nós saímos do terrível acordo nuclear com o Irã e impomos sanções a esse grande patrocinador do terror. Nós obliteramos o califado do Estado Islâmico 100%, eliminando seu fundador e líder, Al Baghdadi, e eliminamos o terrorista nº1 do mundo, Qassem Soleimani", disse.