Agência de Notícias
Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 13h16.
Última atualização em 14 de janeiro de 2025 às 14h03.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, participará virtualmente na próxima semana da reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, e manterá um diálogo com os participantes, anunciou nesta terça-feira a organização do evento.
A participação de Trump ocorrerá na quinta-feira, dia 23, três dias depois da cerimônia de segunda-feira, 20, na qual ele será empossado como presidente, e o que se espera é que dê detalhes das políticas que serão prioridade para seu governo.
Village People e campo de golfe: como será a posse de Trump em WashingtonEm entrevista coletiva para apresentar o programa do Fórum de Davos, que será realizado de 20 a 24 de janeiro, o presidente e CEO do evento, Borge Brende, também destacou a participação no mais alto nível de União Europeia e China, assim como uma participação sem precedentes de representantes do mundo da política e dos negócios do chamado Sul Global.
O Fórum de Davos deste ano contará com a presença de 3 mil participantes de 130 países, e propõe que essa ocasião seja usada para “encontrar setores em que seja possível melhorar a situação do mundo”.
“Temos os líderes de que precisamos para isso, 350 líderes governamentais, incluindo 60 chefes de Estado e de governo, assim como 900 dos mais importantes CEOs das maiores empresas do mundo, entre 1,6 mil executivos”, explicou Brende.
Milei foi convidado para a posse de Trump e Lula não; entenda o porquêO Fórum de Davos também contará com a presença de líderes políticos de países onde ocorreram grandes mudanças políticas e sociais, como Bangladesh, Armênia e Síria, entre outros.
A China será representada pelo vice-primeiro-ministro, Ding Xuexiang, assim como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, o presidente argentino, Javier Milei, e outros líderes de América Latina, África, Oriente Médio e Ásia.
Brende enfatizou que eventos como uma futura pandemia, os grandes incêndios ocorridos nos últimos dias em Los Angeles, a mudança climática em geral e questões tecnológicas como o crime cibernético, que, segundo se acredita, pode custar até US$ 2 trilhões este ano até 2025, são questões com as quais os países não podem lidar isoladamente.
As tensões políticas também estarão no centro das atenções do Fórum de Davos, com a presença do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e de representantes do Oriente Médio para discutir os conflitos na região.
As tecnologias emergentes e, em particular, a inteligência artificial serão outro dos temas centrais dos debates no Fórum de Davos, conforme indicado pelo slogan escolhido para esta edição: Collaboration in the Intelligent Age (“Colaboração na Era Inteligente”).
“Estamos vivendo um momento único em termos de avanço rápido da tecnologia, de inovação exponencial e, por outro lado, estamos enfrentando as forças profundas da fragmentação geopolítica”, refletiu um dos diretores-executivos do Fórum, Mirek Dusek.