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Trump confirma deportações, aumento de tarifas, dimunuição de ajuda à Ucrânia e dúvida sobre a Otan

Magnata republicano ratificou que procederá com a deportação em massa de imigrantes sem documentos

Donald Trump, presidente eleito dos EUA (Chip Somodevilla/Getty Images)

Donald Trump, presidente eleito dos EUA (Chip Somodevilla/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 8 de dezembro de 2024 às 16h56.

Última atualização em 20 de dezembro de 2024 às 16h37.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou neste domingo, 8, suas promessas de campanha de realizar deportações em massa de imigrantes sem documentos e impor tarifas, ao mesmo tempo em que deu a entender que seu país poderia se retirar da Otan.

Em sua primeira entrevista formal à televisão, seis semanas antes de sua posse, o magnata republicano ratificou que procederá com a deportação em massa de imigrantes sem documentos.

“Acho que isso tem que ser feito. É uma coisa difícil, é uma coisa muito difícil de fazer. Mas é preciso ter regras, regulamentos, leis. Eles vieram ilegalmente”, disse ele no programa da NBC ‘Meet the Press with Kristen Welker’.

Ele também disse que acabaria com o direito constitucionalmente protegido à cidadania americana para qualquer pessoa nascida no país, um direito que ele chamou de “ridículo”.

“Se pudermos, faremos isso por meio de ação executiva”, disse ele sobre como executaria essa medida.

“Teremos que mudar” esse direito, insistiu ele. “Talvez tenhamos que voltar para o povo. Mas temos que acabar com isso".

Ele confirmou, por outro lado, que o apoio de seu país à Ucrânia, confrontada militarmente pela Rússia desde 2022, “provavelmente” seria reduzido.

A entrevista foi gravada na sexta-feira, mas foi ao ar no domingo, após as reuniões de Trump em Paris com os presidentes da França e da Ucrânia no fim de semana, sua primeira viagem ao exterior desde que venceu a eleição de novembro.

Trump retornará à Casa Branca em 20 de janeiro.

Otan em dúvida e tarifas em alta

Trump reiterou sua conhecida ameaça de deixar a Otan, a pedra angular da segurança na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, dizendo que os aliados dos EUA não estão pagando o suficiente por sua defesa.

“Se eles estiverem pagando suas contas e se eu achar que eles estão nos tratando de forma justa, a resposta é absolutamente que eu permaneceria na Otan”, disse ele.

Mas também existe “absolutamente” a possibilidade de que, se essas duas condições não forem atendidas, Washington se retire da aliança atlântica, afirmou.

Ele também disse que cumpriria suas promessas eleitorais de impor tarifas pesadas, inclusive sobre os principais parceiros comerciais do país, como Canadá, México e China.

“Estamos subsidiando o México, o Canadá e muitos países ao redor do mundo”, disse ele.

“Se bem utilizada, a taxação é “uma ferramenta muito poderosa”, disse ele, acrescentando que a usará “para tirar coisas da economia também”.

Quanto ao fato de as tarifas mais altas terem ou não um impacto sobre os preços ao consumidor no país, ele disse que não poderia “garantir” nada. “Não posso garantir o que acontecerá amanhã”, declarou.

O magnata republicano também disse que consideraria “muito rapidamente” perdoar seus apoiadores presos por invadir o Capitólio após sua derrota na eleição de 2020 para Joe Biden.

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