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Trump completa seis meses no cargo

Presidente chega à marca com 42 leis assinadas, número que ele chegou a afirmar ser o maior por um presidente no período

Trump: tem como talvez a maior marca do governo a sua popularidade. Ou a falta dela. (Carlos Barria/Reuters)

Trump: tem como talvez a maior marca do governo a sua popularidade. Ou a falta dela. (Carlos Barria/Reuters)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 20 de julho de 2017 às 09h54.

Última atualização em 20 de julho de 2017 às 10h19.

Há exatos seis meses, Donald Trump fazia seu juramento para assumir como o 45º presidente dos Estados Unidos. Entre trancos e barrancos, Trump chega à marca com 42 leis assinadas, número que ele chegou a afirmar ser o maior por um presidente no período. De fato, Trump passou mais leis — em sua maioria diretrizes que revertem políticas do antecessor, Barack Obama, ou leis cerimoniais — que Obama ou que George W. Bush, mas ficou muito atrás de presidentes como Harry Truman (55) ou Franklin D. Roosevelt (76).

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 Talvez a maior marca do governo Trump seja sua popularidade. Ou a falta dela. Em janeiro, ele foi a pessoa a assumir a presidência com as menores taxas de apoio da história: um quadro que ele não conseguiu reverter. Uma pesquisa feita em parceria pelos jornais Washington Post e ABC News mostra que só 36% dos americanos aprovam o trabalho de Trump. É o menor índice de 8 dos últimos 9 presidentes, empatado com Gerald Ford, o presidente que substituiu Richard Nixon após a renúncia.

 Trump enfrentou reveses em diversas propostas ou simplesmente não cumpriu com o prometido em tantas outras. A proposta republicana para substituir o programa de saúde Obamacare enfrentou seu derradeiro fim na última segunda-feira, com uma falha em reunir os senadores republicanos em torno do tema. O muro na fronteira sul, pago pelo México conforme prometido, não está nem perto do papel; a lei que impede muçulmanos de entrar no país enfrentou diversos entraves antes de ser aprovada pela Suprema Corte em uma forma muito mais aguada. A administração ainda tem 120 cargos que precisam ser nomeados, o triplo em comparação a Barack Obama no mesmo período.

 Mas nem tudo são perdas. Talvez a maior vitória do presidente seja a aprovação do juiz Neil Gorsuch como ministro da Suprema Corte, uma conquista para a ala conservadora dos Estados Unidos. Trump também obteve sucesso na reversão de regulações para negócios, uma de suas grandes bandeiras, e na retirada de seu país do Tratado Trans-Pacífico e do Acordo de Paris.

 O mais incrível sobre a administração Trump não é o que deixou de fazer ou o que fez, mas o “entretenimento” que proporcionou. O presidente protagoniza um grande escândalo de envolvimento russo nas eleições, que já engloba seu filho mais velho, Donald Jr., seu genro, Jared Kushner, além de secretários próximos, como o procurador-geral Jeff Sessions e até o diretor de campanha, Paul Manaford. Trump chegou a demitir o diretor do FBI, James Comey, responsável pelas investigações.

 Uma pesquisa do instituto Gallup mostra que apenas 34% dos eleitores vê Trump com as características de um presidente, bem abaixo dos 60% de seus dois antecessores, Obama e Bush, no primeiro ano de governo. Trump, apesar dos escândalos e da baixa aprovação, deve continuar onde está. Pelo menos até 2020. Faltam três anos e meio.

 

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