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Trump chama judeus democratas de "desleais"; Israel tem reação contida

Apesar das críticas de Trump aos judeus democratas, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não quis comentar o caso

EUA: na última semana, Trump atacou deputadas democratas que tentaram visitar Israel (Leah Millis/Reuters)

EUA: na última semana, Trump atacou deputadas democratas que tentaram visitar Israel (Leah Millis/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de agosto de 2019 às 12h21.

Jerusalém - Autoridades de Israel reagiram com moderação nesta quarta-feira a comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo os quais os judeus norte-americanos que votam no Partido Democrata são "desleais".

Referindo-se às parlamentares democratas Ilhan Omar e Rashida Tlaib, que por pressão de Trump foram impedidas de ingressar em Israel na semana passada, o presidente disse aos repórteres na terça-feira no Salão Oval:

"Para onde foi o Partido Democrata? Para onde foram que estão defendendo estas duas pessoas mais do que o Estado de Israel? E acho que qualquer judeu que vote em um democrata, acho que mostra, ou uma falta total de conhecimento, ou uma grande deslealdade".

Grupos judeus dos EUA ficaram revoltados com o comentário de Trump, mas o governo israelense, que tem laços particularmente estreitos com o presidente dos EUA, pareceu se conter.

O gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, não quis comentar as colocações de Trump. Quando indagado sobre o comentário de Trump, o ministro da Energia, Yuval Steinitz, disse à rádio Reshet Bet:

"Não devemos intervir nos desentendimentos políticos dos Estados Unidos. Mantemos boas relações com democratas e republicanos e precisamos continuar fazendo isso".

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