Trump: críticas sobre discurso de bispa de Washington durante cerimônia religiosa (AFP)
Agência de notícias
Publicado em 22 de janeiro de 2025 às 09h36.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou nesta quarta-feira, 22, uma bispa de Washington de “desagradável” e exigiu um pedido de desculpas após ela afirmar que ele estaria espalhando medo entre migrantes e pessoas LGBTQ+.
“A suposta bispa que falou na terça-feira no National Prayer Service é uma esquerdista radical que odeia Trump. Ela teve um tom desagradável, foi pouco convincente e pouco inteligente”, escreveu Trump em sua conta na Truth Social.
O presidente participou de uma missa na Catedral Nacional de Washington na última terça-feira, liderada pela bispa Mariann Edgar Budde, da Diocese Episcopal de Washington.
Em seu sermão, a bispa criticou as recentes medidas de Trump direcionadas a migrantes e à comunidade LGBTQ+. “Eu lhe peço que tenha misericórdia, senhor presidente”, declarou Budde, mencionando o “medo” que ela acredita estar presente em todo o país.
Ela destacou o impacto das ações governamentais em diversas famílias e defendeu os trabalhadores estrangeiros e a diversidade de gênero. “Há crianças gays, lésbicas e transgêneros em famílias democratas, republicanas e independentes”, afirmou.
Budde também defendeu migrantes que, segundo ela, “podem não ser cidadãos ou não ter a documentação adequada (...) mas a grande maioria dos migrantes não é criminosa”.
Trump, que inicialmente havia classificado a cerimônia como “não muito emocionante”, foi mais contundente em suas redes sociais. “Além de seus comentários inadequados, o sermão foi muito chato e pouco inspirador. Ela não é muito boa em seu trabalho! Ela e sua igreja devem um pedido de desculpas ao público!”, publicou o presidente.
Entre as medidas mais polêmicas assinadas na noite de segunda-feira, Trump decretou a suspensão de solicitantes de asilo e a expulsão de migrantes em situação irregular. Além disso, ele determinou que apenas dois sexos serão reconhecidos legalmente: masculino e feminino, excluindo a possibilidade de reconhecimento de pessoas transgênero.