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Trump, Bolsonaro e Villavicencio: relembre outros 3 ataques contra candidatos nos últimos anos

Violência contra candidatos ocorreu no Brasil, Estados Unidos, Colômbia e Equador

Donald Trump é retirado de comício após som de tiros em Butler, Pensilvânia, em julho de 2024 (Anna Moneymaker/AFP)

Donald Trump é retirado de comício após som de tiros em Butler, Pensilvânia, em julho de 2024 (Anna Moneymaker/AFP)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 8 de junho de 2025 às 13h45.

Ataques contra candidatos à Presidência durante atos de campanha ocorreram ao menos quatro vezes nos últimos anos nas Américas, em um triste resultado dos efeitos da polarização política que marca este começo de século 21.

Neste sábado, 7, o senador Miguel Uribe foi alvo de tiros durante um evento em Bogotá, na Colômbia. Ele é pré-candidato às eleições de 2026. Uribe foi levado para a UTI e estava em estado grave no começo da tarde deste domingo, 8.

Antes dele, o caso mais recente havia ocorrido com Donald Trump, nos Estados Unidos. Em 13 de julho de 2024, ele foi alvo de tiros enquanto discursava em um comício em Butler, na Pensilvânia. Uma das balas atingiu ele na orelha. Trump abaixou em seguida, mas se levantou logo em seguida e saiu do local com o punho erguido e o rosto com sangue, no que se tornou uma das principais imagens da campanha. O republicano foi liberado rapidamente do hospital e, meses depois, venceu a eleição e voltou à Casa Branca.

O autor do ataque contra Trump tinha 20 anos e agiu sozinho, segundo a polícia. Ele subiu em um telhado de um edifício próximo ao comício e fez os disparos de lá, com um rifle. O atirador foi morto logo após o ataque, em confronto com a polícia. Um dos espectadores do comício, que estava atrás de Trump, morreu no atentado.

Morte no Equador

Em 9 de agosto de 2023, houve um caso trágico no Equador. O candidato Fernando Villavicencio foi morto a tiros ao sair de um comício em Guaiaquil. Uma facção criminosa reivindicou a autoria do ataque. Villavicencio era jornalista e havia investigado o crime organizado e casos de corrupção.

Após o ataque, o governo do Equador declarou estado de exceção e as forças armadas passaram a patrulhar as ruas do país. A eleição daquele ano, que daria acesso a um mandato mais curto, foi vencida pelo empresário Daniel Noboa, de centro-direita. Noboa se reelegeu em 2025, para mais quatro anos de mandato.

Ataque a Bolsonaro

No Brasil, em 6 de setembro de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro foi alvo de uma facada no abdômen durante um evento na rua em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro.

Bolsonaro passou por cirurgias, se recuperou e venceu as eleições daquele ano e governou até o fim de 2022. Ele precisou fazer várias operações nos anos seguintes para tratar de sequelas causadas pelo ataque.

O autor da facada foi preso e diagnosticado com transtornos mentais. Assim, o juiz do caso considerou que ele é inimputável e não poderia ser condenado pelo ataque, e decidiu que ele ficará internado por tempo indeterminado. Ele é mantido em uma cela isolada em uma penitenciária em Campo Grande.

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