Agência de Notícias
Publicado em 11 de julho de 2025 às 14h33.
Última atualização em 11 de julho de 2025 às 14h40.
O governo dos Estados Unidos avalia, em princípio, não aplicar as tarifas de 35% que o presidente Donald Trump ameaçou ativar sobre os bens canadenses sujeitos ao acordo de comércio trilateral T-MEC, que também inclui o México.
A informação foi antecipada pela rede de rádio e televisão pública canadense CBC, citando um funcionário da Casa Branca.
O funcionário, que pediu anonimato, explicou que o imposto aduaneiro de 35% não deve ser aplicado a bens incluídos no T-MEC. Seria imposto apenas àqueles produtos que estão fora do pacto e que Trump decidiu taxar com uma tarifa de 25% desde março, como punição pelo que considera esforços insuficientes de Ottawa para combater o tráfico de fentanil e a imigração ilegal.
Em todo caso, o funcionário indicou que o presidente americano ainda não tomou uma decisão definitiva sobre o assunto.
A informação surge depois que, ontem, Trump ameaçou o Canadá por carta com a imposição de uma tarifa de 35% a partir de 1º de agosto, argumentando que poderia considerar um ajuste se o país vizinho eliminasse barreiras comerciais e, novamente, se Ottawa contribuísse para deter o fluxo de fentanil que entra nos EUA.
As quantidades dessa droga apreendidas na fronteira entre os dois países, no entanto, são insignificantes.
Este aparente plano adiantado pela CBC lança luz sobre as estratégias que Trump estaria traçando com seus parceiros do T-MEC, em um momento em que o México busca negociar com os EUA o acordo global proposto ao republicano pela presidente, Claudia Sheinbaum, durante a recente cúpula de líderes do G7.
O acordo abrangeria segurança, imigração e também comércio, embora sem afetar o T-MEC, que de qualquer forma está sujeito a revisão este ano.
Uma delegação mexicana viaja nesta sexta-feira aos Estados Unidos para abordar a proposta.