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Trump autoriza construção de polêmico oleoduto Keystone

Em 2015, Obama proibiu a construção do oleoduto após uma longa revisão sobre seu impacto ao meio ambiente

Keystone: decisão permitirá à companhia canadense "construir, operar e manter" as instalações (Spencer Platt/Getty Images)

Keystone: decisão permitirá à companhia canadense "construir, operar e manter" as instalações (Spencer Platt/Getty Images)

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EFE

Publicado em 24 de março de 2017 às 09h28.

Última atualização em 24 de março de 2017 às 09h52.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou nesta sexta-feira a construção do oleoduto Keystone XL por parte da empresa canadense TransCanada, um projeto que foi rejeitado por Barack Obama e despertou a ira dos ecologistas.

O porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, anunciou em comunicado a decisão de Trump que permitirá à companhia canadense "construir, operar e manter" instalações de gasodutos na fronteira entre Estados Unidos e Canadá.

Está previsto que Trump dê maiores detalhes sobre o projeto hoje às 10h15 local (11h15, em Brasília), segundo anunciou em sua conta no Twitter o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.

Em comunicado, o presidente da TransCanada, Russ Girling, considerou que a autorização de Trump representa "um marco importante" para a construção do oleoduto e aplaina o caminho para seu início.

"Estamos muito agradecidos ao governo do presidente Trump por revisar e aprovar esta importante iniciativa. Desejamos trabalhar com ele para continuar investindo no fortalecimento da estrutura energética da América do Norte", acrescentou Girling.

O oleoduto Keystone XL pretende transportar cerca de 830 mil barris diários de petróleo sintético e de xisto diluído desde a província canadense de Alberta a diferentes lugares dos Estados Unidos, incluídas refinarias do Texas no Golfo do México.

Obama proibiu em 2015 a construção desse oleoduto após uma longa revisão sobre seu impacto meio ambiental, que concluiu com a recomendação do então secretário de Estado, John Kerry, de rejeitar o projeto porque poderia "minar" o papel dos EUA como líder global contra a mudança climática.

Mas quatro dias após chegar ao poder, Trump assinou uma ação executiva que dava sinal verde à continuação dos oleodutos Keystone XL e Dakota Access, outro polêmico projeto, sempre que as empresas encarregadas de construí-los estivessem dispostas a "negociar" uma série de "termos e condições".

A medida assinada por Trump prometia que o Departamento de Estado tomaria uma decisão sobre se recomendaria ou não o oleoduto Keystone em um prazo de 60 dias após receber o pedido da TransCanada, que o apresentou em 26 de janeiro.

O prazo para revisar essa solicitação vencia na próxima segunda-feira, por isso que a Casa Branca já tinha dito que teria novidades "em breve" sobre o projeto.

Segundo detalhou hoje o porta-voz da diplomacia americana, a permissão para construir o oleoduto foi assinada pelo subsecretário de Estado interino dos EUA, Thomas Shannon.

Essa autorização deveria proceder normalmente do secretário de Estado, mas o ocupante desse cargo, Rex Tillerson, se afastou das deliberações sobre Keystone porque até janeiro era chefe da companhia petrolífera Exxonmobil, que tem investimentos nas areias betuminosas canadenses das quais se nutriria o oleoduto.

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