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Trump autoriza construção de polêmico oleoduto entre EUA e Canadá

Projeto criticado por grupos ambientalistas chegou a ser bloqueado pela Justiça americana

Trump: presidente americano tomou diversas medidas avessas à preservação ambiental desde que assumiu (Leah Millis/Reuters)

Trump: presidente americano tomou diversas medidas avessas à preservação ambiental desde que assumiu (Leah Millis/Reuters)

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EFE

Publicado em 29 de março de 2019 às 17h52.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu nesta sexta-feira à empresa canadense TransCanada uma permissão para "construir, conectar, operar e manter" o polêmico oleoduto Keystone XL, um projeto criticado por grupos ambientalistas e que chegou a ser bloqueado pela Justiça americana.

"Pelo presente outorgo permissão (...) para construir, conectar, operar e manter o oleoduto na fronteira internacional entre os Estados Unidos e o Canadá, no condado de Phillips, Montana, para a importação de petróleo", afirmou o presidente americano no texto de autorização presidencial divulgado hoje pela Casa Branca.

O projeto, que já contava com a aprovação do governo há dois anos, foi bloqueado por um tribunal estadual que considerou que a Administração não tinha justificado corretamente a concessão das licenças, evitando aspectos ambientais significativos.

A autorização assinada agora por Trump estabelece uma série de condições ao projeto, como a possibilidade de que o presidente dos EUA se reserve o direito de "rescindir, revogar ou emendar" o contrato, sem contar com a supervisão de nenhuma agência federal, e que a empresa deverá arcar com as despesas de qualquer desastre ambiental causado por falhas do sistema.

O Keystone é um sistema de oleodutos de mais de 4.700 quilômetros operados pela TransCanada que conecta a região petrolífera de Alberta no Canadá com o Golfo do México e os Grandes Lagos nos Estados Unidos.

O novo projeto da empresa canadense TransCanada pretende transportar 830.000 barris diários de petróleo de Alberta a distintos lugares dos EUA e foi aprovado em março de 2017 por Trump.

Em 2015, durante o governo do ex-presidente Barack Obama (2009-2017), o Departamento de Estado proibiu a construção do oleoduto devido ao seu possível impacto ambiental e ao risco de que, com sua aprovação, os EUA perdessem sua liderança na luta mundial contra a mudança climática.

No entanto, desde sua chegada à Casa Branca, Trump impôs uma agenda de desregulação em matéria ambiental com a saída do Acordo do Clima de Paris de 2015, a ampliação de áreas para perfurações petrolíferas e o fim de algumas proteções sobre emissões de gás de efeito estufa.

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