Donald Trump: nova ordem executiva amplia critérios para deportação nos EUA (AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 29 de janeiro de 2025 às 14h41.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja assinar nesta quarta-feira, 29, uma ordem executiva para deportar estrangeiros residentes, incluindo estudantes com vistos válidos, que tenham sido acusados de antissemitismo durante protestos anti-Israel, como os atos estudantis ocorridos em abril em diversas universidades do país, informou a imprensa local.
“As todos os estrangeiros residentes que se juntaram aos protestos pró-jihadistas, nós os advertimos: em 2025, nós os encontraremos e os deportaremos”, afirmou Trump em uma minuta da ordem executiva obtida por alguns veículos de comunicação dos EUA.
O presidente acrescentou que também cancelará rapidamente os vistos de estudante de todos os simpatizantes do Hamas nos campi universitários, que, segundo ele, “estão infestados de radicalismo como nunca antes”.
O Departamento de Justiça solicitará, no prazo de 60 dias, que vários órgãos federais forneçam dados para investigar supostos episódios antissemitas. De acordo com relatos da imprensa americana, essas ocorrências incluem pichações, distribuição de propaganda pró-palestina e intimidação de judeus.
Ao todo, seis comitês liderados por membros do Partido Republicano na Câmara dos Representantes emitiram um relatório no último mês pedindo que o governo federal faça mais para combater o antissemitismo.
As iniciativas foram tomadas após protestos a favor dos palestinos no campus da Universidade de Columbia, que depois se espalharam para outras instituições pelo país. Os atos eram uma reação à ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, que, 15 meses depois do ataque de 7 de outubro de 2023, já havia deixado mais de 47.300 mortos.
Na última semana, Trump já havia assinado uma ordem executiva determinando que estrangeiros admitidos ou residentes nos EUA não poderiam apoiar organizações terroristas estrangeiras designadas, como o Hamas, classificado dessa forma pelo governo norte-americano.
O anúncio da nova ordem ocorre poucos dias antes da visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, à Casa Branca. Ele será o primeiro líder estrangeiro a visitar oficialmente os EUA no segundo mandato de Trump.