Agência de Notícias
Publicado em 12 de fevereiro de 2025 às 06h53.
Última atualização em 12 de fevereiro de 2025 às 06h56.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira uma ordem executiva para reduzir “significativamente” o tamanho da administração pública e dar mais poder ao novo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), que está sob a supervisão do empresário Elon Musk e é responsável por cortar gastos públicos.
Trump falou com a imprensa no Salão Oval da Casa Branca, ao lado de Musk, que usava um boné preto com as iniciais do slogan da campanha eleitoral do presidente e estava acompanhado de seu filho mais novo, X Æ A-Xii, a quem o empresário chama de X.
Ele então passou a palavra a Musk, que alegou que a administração federal se tornou um “quarto ramo não eleito” e enfatizou a necessidade de implementar “controles de bom senso” para reduzir, por exemplo, gastos desnecessários.
Musk minimizou as críticas sobre seu papel no governo e possíveis conflitos de interesse, uma vez que seis de suas empresas estão sob investigação, reclamações ou foram objeto de ação regulatória por parte de 11 agências federais, que agora estão agindo para cortar funcionários.
Ele garantiu aos jornalistas que está tentando ser o mais transparente possível, embora não tenha intenção de tornar públicas suas divulgações financeiras.
Por sua vez, Trump apoiou a posição de Musk, assegurando que não há nenhum problema com sua função e denunciando a existência de “fraude” e “abuso” na concessão de contratos públicos, além de “dezenas de bilhões de dólares” que seriam desperdiçados.
A ordem executiva instrui as agências federais a trabalharem com o DOGE para reduzir equipes e limitar Contratações, com o objetivo de reduzir “significativamente” o tamanho do governo federal, segundo confirmou um funcionário da Casa Branca aos jornalistas.
De acordo com a nova ordem executiva de Trump, as agências de governo só poderão contratar um novo funcionário para cada quatro que deixarem seus cargos, assim que o atual congelamento de contratações federais terminar, de acordo com um documento da Casa Branca compartilhado com o jornal "The Washington Post".
O mesmo documento afirma que serão feitas exceções para cargos relacionados à segurança nacional e à fiscalização da imigração, permitindo a contratação nessas áreas.
As ações do DOGE, que incluem o desmantelamento de algumas agências dos EUA, a remoção de dezenas de milhares de funcionários públicos e o acesso a alguns dos sistemas de pagamento mais sensíveis do governo federal, têm sido alvo de polêmicas.
Como parte de sua ofensiva de redução de custos, o DOGE desmantelou a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e a Agência de Proteção Financeira ao Consumidor (CFPB), órgão criado após a crise financeira de 2008, com o fechamento de seus escritórios e a incerteza sobre o futuro de seus funcionários.