Trump: o presidente americano já tinha informado que iria penalizar o Irã (Montagem/Exame)
EFE
Publicado em 20 de setembro de 2019 às 14h36.
Última atualização em 20 de setembro de 2019 às 16h16.
Washington — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira sanções "do mais alto nível" contra o banco nacional do Irã, após os ataques cometidos no sábado passado contra duas refinarias da petroleira saudita Aramco, ofensiva que o governo americano atribui ao governo iraniano.
Trump explicou no Salão Oval da Casa Branca que a entidade mencionada atua como banco central iraniano e que as medidas adotadas pelos EUA foram "as maiores já impostas contra um país".
As declarações do presidente americano à imprensa foram feitas no início de um encontro com o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, que está de visita em Washington.
Em comunicado, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou que adotou ação contra o banco nacional do Irã, o Fundo de Desenvolvimento e a empresa Etemad Tejarate Pars, utilizada para esconder as transferências financeiras para as compras do Ministério da Defesa.
O governo americano acusa o banco de fornecer bilhões de dólares à Guarda Revolucionária do país do Oriente Médido, à Força Quds e ao grupo xiita libanês Hezbollah.
Há dois dias, Trump anunciou que tinha ordenado um "aumento substancial" das sanções contra o Irã, após a polêmica gerada pelo ataque às refinarias sauditas.
Acabo de instruir o secretário de Tesouro a aumentar substancialmente as sanções contra o Irã", afirmou Trump pelo Twitter na quarta-feira passada.
O presidente dos EUA planeja analisar nesta sexta-feira várias opções militares contra o Irã, mas segue reticente a autorizar uma intervenção em grande escala como retaliação pelos supostos ataques iranianos contra as refinarias sauditas.
Vários integrantes da equipe de Segurança Nacional de Trump tinham uma reunião prevista para a quinta-feira com o objetivo de definir uma lista de possíveis alvos no Irã, informou o jornal "The New York Times".
O secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, e o chefe do Estado-Maior Conjunto, general Joseph Dunford, planejam apresentar essas opções a Trump nesta sexta-feira, durante uma reunião do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, segundo uma fonte oficial citada pela publicação.