O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma ameaça ao Irã neste domingo, 15, afirmando que os Estados Unidos responderiam com a "força total" de suas forças armadas caso o país fosse atacado. Trump afirmou ainda que Washington "não tem nada a ver" com os recentes ataques de Israel às instalações nucleares do Irã, iniciados na sexta-feira, 12.

Em mensagem publicada em seu perfil no TruthSocial, Trump disse: "Se formos atacados de qualquer forma pelo Irã, toda a força e poder das Forças Armadas dos Estados Unidos cairão sobre vocês em níveis nunca antes vistos". Ele sugeriu que um acordo entre Irã e Israel seria fácil de ser alcançado, se quisessem, para "encerrar este conflito".

A operação de Israel no Irã, lançada na sexta-feira, atingiu instalações nucleares e militares iranianas, resultando em mortes, incluindo comandantes militares e cientistas nucleares. O governo iraniano afirma que os ataques visam sabotagem e que o país está agindo apenas em legítima defesa. Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu que os ataques de Israel seriam "apenas um prelúdio para uma resposta mais forte caso o Irã não cesse suas atividades nucleares".

O acordo nuclear e a retirada dos EUA

A escalada das tensões ocorre em um cenário de desintegração do acordo nuclear de 2015 com o Irã, o Plano de Ação Conjunto e Completo (JCPOA), do qual os EUA se retiraram em 2018. Sob o governo de Donald Trump, os Estados Unidos restabeleceram sanções contra o Irã, o que desencadeou uma série de respostas do regime iraniano, incluindo o aumento do enriquecimento de urânio.

Em 2024, o Irã alcançou o nível de 60% de enriquecimento de urânio, o que está muito próximo do nível necessário para fabricar uma arma nuclear, gerando preocupação internacional. A resposta de Trump a essa escalada tem sido ainda mais enfática, incluindo sanções econômicas e ameaças militares. Por outro lado, Israel também intensificou sua postura de confrontação, visando impedir que o Irã se torne uma potência nuclear.

*Com AFP