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Trump ameaça paralisar o governo se democratas não financiarem muro

Para falar sobre muro, Trump fez menção à caravana de migrantes que atravessará a fronteira com o México: "olha quantas pessoas estão vindo"

Caravana de imigrantes da América Central no México (Jorge Duenes/Reuters)

Caravana de imigrantes da América Central no México (Jorge Duenes/Reuters)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 17 de novembro de 2018 às 15h15.

Washington, 17 nov (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou neste sábado que "este seria um bom momento" para o fechamento da Administração se não forem aprovados os fundos para construir o muro na fronteira com o México.

"Estamos falando sobre o muro da fronteira, estamos falando de uma grande soma de dinheiro, cerca de US$ 5 bilhões", indicou o líder em declarações aos jornalistas antes de viajar para a Califórnia para acompanhaar a situação pelos incêndios.

Trump fez menção à caravana de migrantes centro-americanos que pretende atravessar a fronteira dos EUA desde o México, "olha o caos, olha quantas pessoas estão vindo".

"Este seria um muito bom momento para fazer um fechamento. Não acredito que será necessário porque penso que os democratas vão cair em si e se não caírem, continuaremos. Sabem, nós ganhamos o Senado", afirmou.

Espera-se que Trump, através dos legisladores republicanos, tente incluir fundos para o muro fronteiriço com o México no orçamento federal que o Congresso deverá debater até em 7 de dezembro.

Caso que não haja um consenso, Trump poderia forçar o fechamento da Administração, de acordo com os veículos de imprensa locais.

O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnel, repetiu em várias ocasiões que ele gostaria de conseguir os US$ 5 bilhões para a construção do muro, embora seja pouco provável que os democratas respaldem essa opção.

O último pacto bipartidário em julho sobre essa questão resultou em US$ 1,6 bilhão para a proposta estrela de Trump, depois que os republicanos incluíram o muro dentro do orçamento para o Departamento de Defesa.

Após as eleições legislativas de 6 de novembro, os democratas recuperaram a maioria na Câmara Baixa após 8 anos na minoria, enquanto os republicanos conseguiram manter a maioria no Senado.

O novo Congresso americano iniciará sua caminhada em 3 de janeiro.

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