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Trump afirma que tem "total confiança" em seu procurador-geral

Os líderes democratas no Congresso já pediram a renúncia de Jeff Sessions à frente da Justiça americana

Sessions: ele negou durante suas audiências de confirmação no Senado ter tido qualquer contato com oficiais russos durante a campanha eleitoral (Yuri Gripas/Reuters)

Sessions: ele negou durante suas audiências de confirmação no Senado ter tido qualquer contato com oficiais russos durante a campanha eleitoral (Yuri Gripas/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de março de 2017 às 17h40.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu nesta quinta-feira que tem "total confiança" no procurador-geral do país, Jeff Sessions, depois que o jornal "The Washington Post" revelou que teve reuniões com o embaixador russo, Serguei Kysliak, as quais ocultou depois do Senado.

Os líderes democratas no Congresso já pediram a renúncia de Sessions à frente da Justiça americana, enquanto vários republicanos consideraram que deveria pelo menos se negar a participar das investigações sobre a ingerência russa nos pleitos presidenciais de novembro do ano passado.

Questionado pelo grupo de jornalistas que lhe acompanham hoje em sua viagem aos estaleiros de Newport News (Virgínia), onde fará um discurso no porta-aviões Gerald R. Ford, Trump rejeitou a ideia de que Sessions deva afastar-se das investigações sobre o papel russo nas eleições.

Além disso, ao ser questionado se era conhecedor de ditos encontros entre o procurador-geral e Kysliak, Trump confessou não estar ciente dos mesmos.

Um porta-voz do Departamento de Justiça dos Estados Unidos confirmou à Agência Efe dois encontros com o embaixador russo Serguei Kislyak, apesar de ter ressaltado que Sessions não descumpriu nenhuma regra ao ter essas reuniões como membro do Comitê de Serviços Armados do Senado e não por parte da campanha do hoje presidente, Donald Trump.

"Nunca estive com funcionários russos para discutir sobre temas da campanha", disse em comunicado Sessions, que considera "falsas" as informações que insinuam que poderia ter ciência das tentativas russas para supostamente influenciar nas eleições com ataques à ex-candidata Hillary Clinton.

Essas conversas entre Sessions e Kislyak versaram sobre a relação entre os dois países e, embora em 2016, os embaixadores costumassem fazer comentários sobre as eleições, "não foi o fundo da discussão", segundo disse à Efe um alto funcionário do governo, que pediu anonimato.

O problema, no entanto, deriva do fato que Sessions negou durante suas audiências de confirmação no Senado ter tido qualquer contato com oficiais russos durante a campanha eleitoral, na qual participou como um dos assessores do magnata.

As declarações do Departamento de Justiça não satisfizeram os democratas, cujo líder no Senado, Chuck Schumer, pediu hoje a renúncia de Sessions e solicitou, além disso, que seja designado um procurador independente sem relação com o governo de Trump para investigar os supostos nexos entre o presidente e o Kremlin.

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