Repórter
Publicado em 31 de outubro de 2025 às 15h15.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou que estivesse considerando ataques dentro da Venezuela. A posição do republicano contradiz suas próprias declarações feitas na semana anterior sobre a possível ampliação das operações dos EUA contra o narcotráfico.
Nos últimos meses, os Estados Unidos aumentaram sua presença militar no Caribe, incluindo caças, navios de guerra e milhares de soldados, com planos de expandir ainda mais essas operações nas próximas semanas, incluindo o envio do grupo de ataque do porta-aviões Gerald Ford, segundo informações da agência Reuters.
Em entrevista coletiva a bordo do Air Force One sobre a veracidade das notícias que sugeriam possíveis ataques na Venezuela, Trump respondeu simplesmente: "Não".
Não ficou claro se Trump estava descartando totalmente ataques futuros ou apenas indicando que ainda não havia uma decisão final sobre o assunto.
Nas últimas semanas, Trump havia declarado publicamente que os EUA iriam realizar ataques contra alvos relacionados ao narcotráfico dentro da Venezuela.
Até o momento, a campanha militar dos EUA no Caribe e no Pacífico Oriental já atingiu ao menos 14 embarcações que, segundo Washington, estariam envolvidas no tráfico de drogas, resultando na morte de 61 pessoas.
Embora o momento exato para qualquer ataque terrestre ainda seja incerto, fontes próximas ao presidente informaram à Reuters que tais ações poderiam ocorrer em breve.
O senador Lindsey Graham, figura proeminente do Partido Republicano, afirmou no domingo que Trump lhe comunicou que o governo planejava apresentar um relatório aos parlamentares sobre as operações militares contra a Venezuela e a Colômbia assim que ele retornasse de sua viagem à Ásia. Trump voltou a Washington na quinta-feira.
A oposição venezuelana, organizações de direitos humanos e alguns países da América Latina acusam há muito tempo o governo de Nicolás Maduro e, especialmente, as forças armadas, de manter relações com o narcotráfico, particularmente nas regiões do oeste do país, próximas à fronteira com a Colômbia. O governo Maduro sempre negou essas acusações, alegando que são tentativas externas de desestabilizar seu regime.
Maduro também tem repetidamente afirmado que os Estados Unidos querem tirá-lo do poder.