Crtítica: Trump falou que o rival deveria falar apenas inglês enquanto estiver nos Estados Unidos, porque Jeb Bush o criticou em espanhol em um encontro com estudantes (L.E. Baskow/Las Vegas Sun/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2015 às 06h59.
Washington - O pré-candidato às eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que seu rival nas primárias republicanas, Jeb Bush, deveria falar em inglês e não em espanhol enquanto estiver em território americano.
"Eu gosto de Jeb. É um bom homem. Mas deveria dar exemplo e falar em inglês enquanto estiver nos Estados Unidos", afirmou Trump em uma entrevista ao site "Breitbart News", em referência à fluência de Bush com a língua castelhana, que não hesita em utilizar em seus discursos.
Na terça-feira, Jeb Bush criticou Trump em espanhol em um encontro com estudantes de uma escola presbiteriana situada no coração de Little Havana, em Miami.
"(Trump) me ataca todos os dias com barbaridades. Com coisas que não são certas. Este homem não é conservador. Foi democrata mais tempo que republicano, disse que se sente mais confortável sendo democrata. Eu estive oito anos como governador, ele não é conservador", declarou Jeb Bush.
"Se você não está totalmente de acordo com ele, é idiota ou estúpido. Bla bla bla, isso é o que ele faz", completou o filho e irmão de ex-presidentes dos EUA, que também criticou as propostas de Trump de construir um muro na fronteira com o México e deportar os imigrantes ilegais.
Por sua parte, Trump se defendeu das acusações de não ter um histórico conservador e de ter se relacionado com os democratas no passado comparando-se com o ex-presidente republicano Ronald Reagan (1981-1989).
"Ronald Reagan não era um conservador. Se transformou em um grande conservador. Quando terminar minha presidência, após oito anos, as pessoas dirão que sou um grande conservador, muito melhor do que Jeb jamais teria tido a capacidade de ser", prometeu Trump.
Donald Trump lidera com ampla margem todas as enquetes sobre as primárias do Partido Republicano e diminui cada vez mais a distância em relação a Hillary Clinton (a favorita para a indicação democrata) em uma hipotética disputa entre os dois pela presidência dos EUA.