Guerra: plano proposto por Trump propõe libertação dos reféns do Hamas (Saul Loeb/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 4 de outubro de 2025 às 17h38.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu neste sábado o Hamas que "não tolerará atrasos" que possam pôr em perigo o acordo de paz em Gaza impulsionado pela Casa Branca e agradeceu a Israel pela interrupção dos ataques aéreos sobre a Faixa.
"Agradeço a Israel por ter interrompido temporariamente os bombardeios para dar a oportunidade de concretizar a libertação de reféns e o acordo de paz. O Hamas deve agir rapidamente; caso contrário, tudo estará perdido. Não tolerarei atrasos, como muitos acreditam que ocorrerão", escreveu Trump em sua rede social, "Truth Social".
O mandatário insistiu que não aceitará "nenhum resultado em que Gaza volte a representar uma ameaça" para a paz regional.
"Vamos fazer isso, RÁPIDO! Todos serão tratados de forma justa!", prometeu.
Trump comemorou ontem o fato do Hamas ter aceitado libertar os reféns israelenses que mantém na Faixa sob os termos expressos no plano que ele impulsiona para o enclave palestino, e pediu a Israel que cessasse os bombardeios sobre Gaza.
O plano de 20 pontos que o republicano apresentou na segunda-feira na Casa Branca, aceito pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, propõe o fim imediato da guerra, a libertação dos reféns do Hamas e a formação de um governo de transição para Gaza, supervisionado pelo presidente americano e pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.
A proposta também contempla a desmilitarização da Faixa e a possibilidade de negociar no futuro um Estado palestino, algo que, no entanto, foi descartado pelo premiê israelense.
A Casa Branca confirmou que o enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, viaja neste sábado para o Cairo, no Egito, para avançar nas negociações sobre o plano de paz antes de sua implementação.