Mundo

Trump adota tons de alerta e conciliação sobre Coreia do Norte

Ao mesmo tempo em que destacou o poder militar dos EUA, o presidente também pediu que o regime contribua para que haja um acordo sobre o impasse nuclear

Donald Trump: presidente diz estar pronto para fazer o que for necessário para evitar que o "ditador norte-coreano" ameace milhões de vidas (Jonathan Ernst/Reuters)

Donald Trump: presidente diz estar pronto para fazer o que for necessário para evitar que o "ditador norte-coreano" ameace milhões de vidas (Jonathan Ernst/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 7 de novembro de 2017 às 10h11.

Seul - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou a Coreia do Norte nesta terça-feira que está preparado para usar todo o poder militar dos EUA para deter qualquer ataque, mas fez seu apelo mais conciliador até hoje pedindo que Pyongyang "faça um acordo" para encerrar o impasse nuclear.

Falando às portas da Coreia do Norte durante uma visita a Seul, Trump disse que, embora "reze a Deus" para não ter que usar todo o poderio militar norte-americano, está pronto para fazer o que for necessário para evitar que o "ditador norte-coreano" ameace milhões de vidas.

"Não podemos permitir que a Coreia do Norte ameace tudo que construímos", disse Trump depois de conversar com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, que apoia contatos diplomáticos com Pyongyang.

Mas em alguns momentos Trump adotou um tom mais ponderado e menos combativo, também pedindo que a Coreia do Norte "faça a coisa certa", e disse: "De fato vejo alguma movimentação", embora não tenha desejado elaborar.

"Realmente faz sentido os norte-coreanos se sentarem à mesa e fazerem um acordo", disse Trump aos repórteres em uma coletiva de imprensa conjunta com Moon.

Apesar das ameaças reiteradas de Trump contra a Coreia do Norte, suas declarações ficaram longe da abordagem mais estridente que ele demonstrou nos últimos meses, incluindo sua rejeição prévia de quaisquer esforços diplomáticos com Pyongyang por vê-los como uma perda de tempo.

Depois de pousarem na base aérea de Osan, nos arredores de Seul, o presidente e a primeira-dama, Melania Trump, desceram do Força Aérea Um para iniciarem uma visita que pode agravar a tensão com a Coreia do Norte.

Mais tarde Trump voou de helicóptero ao Campo Humphreys, a maior base militar dos EUA no país, e se encontrou com tropas norte-americanas e sul-coreanas ao lado de Moon.

A Casa Branca disse que a viagem presidencial pretende demonstrar a determinação dos EUA com uma abordagem rígida diante das ameaças nucleares e de mísseis do regime norte-coreano - mas muitos na região expressaram o temor de que sua retórica beligerante com Pyongyang possa aumentar o potencial de um conflito militar devastador na Península Coreana.

Após se encontrar com comandantes militares para tratar da questão, Trump disse aos repórteres: "No final das contas tudo dará certo, sempre dá certo, tem que dar certo", sem entrar em detalhes.

Ele elogiou Moon por sua "grande cooperação" apesar das diferenças sobre como confrontar a Coreia do Norte e um pacto comercial entre Washington e Seul.

Acompanhe tudo sobre:Coreia do NorteCoreia do SulDonald TrumpEstados Unidos (EUA)Kim Jong-un

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado