Donald Trump: May convidou Trump a realizar uma visita de Estado ao Reino Unido quando visitou o presidente em Washington em janeiro (Kevin Lamarque/Reuters)
EFE
Publicado em 1 de março de 2017 às 09h58.
Última atualização em 1 de março de 2017 às 09h59.
Londres - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou com a primeira-ministra britânica, Theresa May, e ambos concordaram em adiar a visita do chefe de Estado americano ao Reino Unido para minimizar o risco de protestos no país, publicou nesta quarta-feira o jornal "The Sun".
Segundo a publicação, que cita fontes do governo britânico, Trump quer esperar para que diminua o nível de oposição a ele entre a população e o parlamento depois que impôs em janeiro um veto migratório, agora revogado, a cidadãos de países de maioria muçulmana.
O presidente "ainda tem muita vontade de vir este ano, mas quer que a pressão diminua um pouco primeiro", declarou ao jornal a fonte governamental.
"A Casa Branca acompanha surpreendentemente de perto o que acontece aqui, e não quer fazer uma cena, também do nosso ponto de vista", acrescentou a fonte.
May convidou Trump a realizar uma visita de Estado ao Reino Unido quando visitou o presidente recém-investido no cargo em Washington em janeiro, a primeira governante internacional a fazê-lo.
Esse convite, que implica que a rainha Elizabeth II seria a anfitriã, causou uma inundação de críticas no Reino Unido, onde os deputados promoveram uma moção para que Trump não se dirigisse ao parlamento e mais de 1,8 milhão de cidadãos assinaram um pedido pela internet pedindo que a categoria da visita fosse rebaixada.
Este pedido já foi debatido pela Câmara dos Comuns, apesar de ser um gesto simbólico, pois o governo conservador reiterou que a visita acontecerá e será de Estado.
Segundo o "The Sun", em um primeiro momento estava previsto que Donald Trump viesse em junho, mas agora, ambas as partes teriam decidido adiar a viagem para o último trimestre do ano.
As datas cogitadas são de 5 a 8 de outubro, segundo o jornal britânico.
Sobre a informação veiculada pelo "The Sun", um porta-voz do governo de May se limitou a assinalar hoje que "o convite foi enviado e aceito" e que "as datas serão anunciadas no devido momento".