Repórter
Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 13h33.
Última atualização em 19 de fevereiro de 2025 às 14h01.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "entrou em uma guerra que não poderia ser vencida sem os EUA" e que nunca deveria ter começado. Na declaração, feita por meio de uma postagem em sua conta na rede social TruthSocial, nesta quarta-feira, 19, o republicano acusa o líder da Ucrânia de convencer os EUA a gastarem US$ 350 bilhões em recursos para as forças ucranianas, um valor que supera em US$ 200 bilhões a ajuda enviada por países da Europa.
Na postagem, Trump cita a proximidade entre o ucraniano e seu antecessor na Casa Branca, Joe Biden, chamando o democrata de "sonolento" e questionando por que ele não exigiu da Ucrânia o que chamou de "equalização" antes de enviar o auxílio financeiro para a guerra, argumentando que o conflito "é muito mais importante para a Europa" do que para os EUA. Trump ainda disse que Zelensky "era bom era em tocar Biden como um violino".
"Por que o sonolento Joe Biden não exigiu a equalização, já que esta guerra é muito mais importante para a Europa do que para nós — temos um grande e lindo oceano como separação. Além disso, Zelensky admite que metade do dinheiro que lhe enviamos está "DESAPARECIDO" [...] a única coisa em que ele era bom era em tocar Biden como um violino", disse o presidente dos EUA.
Seguindo suas críticas a Zelensky, Trump o chamou de "ditador sem eleições" que se recusa a realizar um novo pleito e que está com baixo desempenho nas pesquisas realizadas internamente no país e que se as coisas seguirem dessa forma, "não haverá mais um país".
O presidente americano ainda declarou que ama a Ucrânia e que Zelensky fez um "trabalho terrível", levando em conta que o país está destruído e que milhões de pessoas morreram desnecessariamente.
Zelensky chama russos de 'mentirosos patológicos' e diz que Trump beneficia PutinOutro ponto abordado por Trump é a recente negociação entre EUA e Rússia para o fim da guerra. "Enquanto isso, estamos negociando com sucesso o fim da Guerra com a Rússia, algo que todos admitem que somente “TRUMP” e a Administração Trump podem fazer", escreveu o presidente.
Essa declaração ocorre um dia depois do secretário de Estado, Marco Rubio, se encontrar com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, em Riad, capital da Arábia Saudita, na última terça-feira, 18. Eles concordaram em "estabelecer as bases para uma cooperação futura em assuntos de interesse geopolítico mútuo", segundo um comunicado divulgado pela porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce.
"O presidente Donald Trump quer pôr fim às mortes; os Estados Unidos querem a paz e estão usando sua influência para unir os países. O presidente Trump é o único líder no mundo que pode fazer com que pode fazer com que Ucrânia e Rússia cheguem a um acordo sobre isso", afirmou Bruce.
Rubio e Lavrov também concordaram em "estabelecer mecanismos de consulta para resolver os impasses nas relações bilaterais", com o objetivo de normalizar o funcionamento das respectivas missões diplomáticas.
Além disso, anunciaram a criação de "equipes de alto nível para iniciar um plano de encerramento do conflito na Ucrânia o mais rápido possível".