Mundo

Trump acusa FDA de atrasar testes com vacina e remédio contra covid-19

"Eles estão torcendo para atrasar as respostas até depois de 3 de novembro. O foco tem que ser velocidade, salvar vidas", escreveu, se referindo à eleição

Trump: a demora tem a ver com a corrida eleitoral (Chip Somodevilla/Getty Images)

Trump: a demora tem a ver com a corrida eleitoral (Chip Somodevilla/Getty Images)

NF

Natália Flach

Publicado em 22 de agosto de 2020 às 17h00.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o que chamou de "estado profundo ou quem quer que seja" de se sobrepor à agência reguladora de vigilância sanitária (FDA, na sigla em inglês) e dificultar que indústrias farmacêuticas tenham acesso a voluntários para testar vacinas e remédios contra o novo coronavírus. A mensagem no Twitter, no entanto, não fornece qualquer evidência para a acusação.

"Obviamente, eles estão torcendo para atrasar as respostas até depois do dia 3 de novembro. O foco tem que ser velocidade, em salvar vidas", escreveu o presidente.

A data não é aleatória. Para Trump, a demora tem a ver com a corrida eleitoral. É que os americanos vão às urnas em novembro para decidir se o republicano deve ser reeleito ou se deverá passar a faixa presidencial a Joe Biden, que concorre pelos Democratas.

O comentário foi feito depois que a Reuters divulgou com exclusividade na quinta-feira que um alto funcionário do FDA disse que renunciaria se a administração de Trump aprovasse uma vacina antes que ela se mostrasse segura e eficaz. Inclusive, Trump marcou o comissário da FDA Stephen Hahn no tweet escrito neste sábado.

De acordo com a Reuters, a presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, disse que era uma "declaração perigosa" e que o presidente estava "indo além do limite" por acusar a FDA de fazer política. A Reuters tentou contato com o FDA, mas não teve resposta.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusDonald TrumpEleições americanasvacina contra coronavírus

Mais de Mundo

Protesto em Tel Aviv com 60 mil pessoas exige cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza

Hamas afirma que não irá se desarmar até que Estado palestino seja estabelecido

Desabamento mata cinco trabalhadores em mina de ouro na Bolívia

Kiev descobre suposto esquema de corrupção relacionado a compras militares