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Tropas sírias lançam ataque contra subúrbio de Damasco

Ataque ocorre dias antes do prazo de cessar-fogo mediado pela ONU; os ativistas descreveram a ofensiva como uma das mais violentas na capital

Uma equipe liderada por um major general norueguês chegou nesta quinta-feira a Damasco para negociar o desembarque de monitores da ONU na Síria (Wikimedia Commons)

Uma equipe liderada por um major general norueguês chegou nesta quinta-feira a Damasco para negociar o desembarque de monitores da ONU na Síria (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2012 às 13h30.

Beirute - As tropas da Síria lançaram um forte ataque contra um subúrbio de Damasco nesta quinta-feira, dias antes do prazo de cessar-fogo mediado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Os ativistas descreveram a ofensiva como uma das mais violentas na capital desde o início do levante, que já dura um ano, contra o regime do presidente Bashar Assad. Ativistas no subúrbio de Douma afirmaram que snipers em 20 edifícios estavam atirando em "qualquer coisa que se movesse" e que moradores enfrentaram oito horas de bombardeio.

A operação em Douma, junto com outras ofensivas pelo país, reforça o clamor da oposição de que Assad está intensificando a violência antes de 10 de abril, prazo para que uma trégua seja adotada. Ativistas alegam que o presidente quer ganhar terreno antes de o cessar-fogo, supostamente, começar a ter efeito.

O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, disse acreditar que Assad "está nos enganando" quando promete cumprir o plano de paz, que foi mediado pelo ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan. "Podemos ser otimistas? Eu não sou", afirmou ele a jornalistas. Juppé disse que, se todos as condições para o cessar-fogo não forem atendidas, incluindo a chegada de 200 observadores, então "devemos voltar para o Conselho de Segurança (CS) da ONU".

Uma equipe liderada por um major general norueguês chegou nesta quinta-feira a Damasco para negociar o desembarque de monitores da ONU na Síria. De acordo com as Nações Unidos, mais de nove mil pessoas já morreram durante os conflitos no país. As informações são da Associated Press.

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