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Tropas da Coreia do Norte juram lealdade a Kim Jong-Un

Tropas prometeram defender o líder Kim Jong-Un depois que seu tio foi executado em um suposto complô

O líder norte-coreano, Kim Jong-Un: jovem Kim aparentemente vem tentando demostrar sua firme aderência ao poder após a execução na quinta-feira de seu tio (AFP)

O líder norte-coreano, Kim Jong-Un: jovem Kim aparentemente vem tentando demostrar sua firme aderência ao poder após a execução na quinta-feira de seu tio (AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 13h33.

Seul - As tropas norte-coreanas prometeram nesta segunda-feira defender o líder Kim Jong-Un com suas vidas depois que seu tio foi executado em um suposto complô, no momento em que a Coreia do Sul colocou suas forças em alerta por qualquer "provocação imprudente".

A cerimônia em Pyongyang ocorreu um dia antes do segundo aniversário da morte do antigo líder Kim Jong-Il, cujo falecimento súbito levou seu filho Kim Jong-Un à liderança do Estado.

O jovem Kim aparentemente vem tentando demostrar sua firme aderência ao poder após a execução na quinta-feira de seu tio Jang Song-Thaek.

A punição fatal levou tanto Seul quanto Washington a alertarem que é preciso ficar atentos contra qualquer surpresa por parte do regime de Pyongyang, que possui armas nucleares.

A rede de televisão estatal norte-coreana mostrou milhares de soldados marchando em uma grande praça em frente ao Palácio do Sol de Kumsusan, que abriga os corpos embalsamados do fundador do país, Kim Il-Sung, e de seu filho Jong-Il.

"Vamos nos tornar fuzis e escudos para proteger o Comandante Supremo!", cantaram durante uma cerimônia em memória de Kim Jong-Il.

Choe Ryong-hae, chefe do gabinete político do exército,convocou os soldados a protegerem Kim Jong-Un "com suas vidas" e a se tornaram "balas e bombas humanas" para ele.

Choe, encarado como uma das figuras militares mais poderosas após a execução de Jang, também declarou que as tropas norte-coreanas, irredutíveis sob "ventos fortes", irão defender seu jovem líder até a morte, apesar da "manobra de traidores".

Esta demonstração de apoio público do exército provavelmente é ainda mais importante após a execução de Jang, uma espécie de "eminência parda" do regime que teve um papel fundamental no reforço à liderança do jovem e inexperiente Kim.

A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye, convocou uma reunião de funcionários da defesa e da segurança nacional de alto escalão do país.


"Diante do mais recente acontecimento no Norte, é incerto dizer em que direção a situação política irá evoluir", declarou na reunião.

"Também não podemos descartar a possibilidade de contingências, como provocações imprudentes​​", acrescentou, pedindo que os militares intensifiquem a vigilância ao longo da fronteira.

Nesta segunda-feira, milhares de folhetos de propaganda norte-coreanos caíram na ilha de Baengnyeong alertando para um ataque contra os soldados sul-coreanos mobilizados no local, de acordo com a agência de notícias do sul Yonhap.

O exército sul-coreano não quis confirmar a informação. O Norte bombardeou outra ilha fronteiriça em novembro de 2010 e matou quatro pessoas, incluindo civis.

Park abordou na região o que ela chamou de situação "grave e imprevisível".

"Ela ordenou (que funcionários do governo) fortaleçam a postura de defesa conjunta com os Estados Unidos... e continuem a coordenar de perto e compartilhar informações com países parceiros e com a comunidade internacional", declarou seu porta-voz.

Washington, por sua vez, pediu uma frente única internacional contra a Coreia do Norte, incluindo a China, principal apoio do regime de Pyongyang.

O Secretário de Estado americano, John Kerry, declarou que a execução de Jang mostrou ao mundo "quão cruel e imprudente" Kim é, e expressou preocupações sobre as armas nucleares sob o controle deste líder "espontâneo e errático".

"É um sinal ameaçador da instabilidade e do perigo que existem", declarou Kerry em uma entrevista à rede de televisão ABC transmitida no domingo.

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