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Tripulações dos EUA podem se negar a voar a países com zika

"Um pequeno número de membros da tripulação mudou voos até o momento", explicou à Agência Efe o porta-voz de Delta Morgan Durrant


	Avião da Delta Airlines: "Um pequeno número de membros da tripulação mudou voos até o momento", explicou o porta-voz de Delta Morgan Durrant
 (Karen Bleier/AFP)

Avião da Delta Airlines: "Um pequeno número de membros da tripulação mudou voos até o momento", explicou o porta-voz de Delta Morgan Durrant (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2016 às 15h15.

Washington - Duas das três grandes companhias aéreas dos Estados Unidos, United e Delta, permitem há poucos dias que sua tripulação escolha se deseja ou não voar para países onde há casos de zika, segundo confirmaram à Agência Efe porta-vozes de ambas companhias.

A Delta oferece desde meados de janeiro a opção que permite que qualquer membro da tripulação mude seu voo se tiver medo de viajar para um país com casos de zika vírus.

"Um pequeno número de membros da tripulação mudou voos até o momento", explicou à Agência Efe o porta-voz de Delta Morgan Durrant.

A United, sem especificar desde quando, aplicou a mesma política para os voos com destino a algum dos 25 países e territórios do continente sobre os quais os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA emitiram um alerta de viagem pelo vírus.

"A segurança de nossos funcionários e clientes é primordial e estamos oferecendo estas opções a nossos auxiliares de voo e pilotos porque é o correto", explicou à Efe o porta-voz de United Charles Hobart.

Estas medidas se somam às adotadas por companhias aéreas de outros países perante o alerta pelo zika vírus, cuja expansão para 32 países e territórios é uma "emergência sanitária de alcance internacional" para a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Delta dá a opção de devolver ou mudar voos sem encargos até 29 de fevereiro aos passageiros que tinham programado viagens para um dos 25 países incluídos no alerta de viagem da CDC.

A United, por sua vez, permite mudanças e devoluções de voos sem custo até 29 de fevereiro às pessoas "que os CDC aconselham não viajar às regiões afetadas".

Os CDC dos Estados Unidos emitiram um alerta de nível 2 (vai até 3) para que cidadãos que prentendam viajar a algun desses 25 países tomem "precauções reforçadas", mas só pediram especificamente às grávidas que evitem viajar para esses locais se não for estritamente necessário.

A American Airlines, que por enquanto não tomou nenhuma medida para a tripulação, permite que mulheres grávidas devolvam suas passagens e as de seus acompanhantes sem custo com o requisito de apresentar uma confirmação médica de sua gravidez, segundo informa em seu site.

O alerta perante o zika cresce nos Estados Unidos após a confirmação, na terça-feira, do primeiro contágio autóctone do vírus detectado em um residente de Dallas (Texas) após manter relações sexuais com uma pessoa que se infectou por picada de mosquito em outro país.

A última apuração dos CDC, publicada em 28 de janeiro, contabiliza 31 casos de pessoas que foram infectadas por mosquitos fora do país e 19 casos do vírus transmitido localmente por mosquitos em Porto Rico e outro nas Ilhas Virgens.

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