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Trinta mil civis podem ser deslocados por operação no Iraque

As forças federais iraquianas e curdas, apoiadas pela coalizão internacional dirigida pelos Estados Unidos, lançaram em março uma ofensiva contra o EI


	Iraque: os combates em curso obrigam milhares de civis a fugir de suas casas
 (Reuters)

Iraque: os combates em curso obrigam milhares de civis a fugir de suas casas (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2016 às 14h18.

Uma operação militar iraquiana em andamento contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque pode provocar o deslocamento de 30.000 civis nas próximas semanas, advertiu nesta terça-feira a agência das Nações Unidas para os Refugiados.

As forças federais iraquianas e curdas, apoiadas pela coalizão internacional dirigida pelos Estados Unidos, lançaram em março uma ofensiva contra o EI na província de Nínive, onde a capital Mossul é o reduto dos jihadistas no Iraque.

Estas forças se encontram menos de 50 km ao sul da segunda cidade do país, mas os combates em curso obrigam milhares de civis a fugir de suas casas.

"Com o prosseguimento da ofensiva militar, 30.000 novos deslocados" podem chegar à região de Majmur "nas próximas semanas", indicou o Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR), em referência a uma cidade no sul de Mossul que serve como principal base da operação militar.

Oito mil pessoas se refugiaram em um acampamento em Debaga, a leste de Majmur, acrescentou o ACNUR em um comunicado.

E um novo acampamento precisou ser aberto no estádio de futebol de Debaga "para responder à chegada de um número crescente de famílias deslocadas", acrescentou.

"A nova instalação tornará possível reduzir a superpopulação (de outros acampamentos) que vemos desde o início dos combates", afirmou Fred Cussigh, responsável pelo ACNUR na zona.

As organizações internacionais temem que uma operação militar de envergadura para retomar Mossul dos jihdistas provoque um deslocamento em massa da população que o Iraque não pode administrar.

Segundo cálculos, cerca de um milhão de civis ainda vivem em Mossul, que está nas mãos do EI desde sua ofensiva no Iraque, em junho de 2014.

Mais de 3,4 milhões de pessoas foram deslocadas no país desde o início de 2014.

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