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Trichet nega que zona do euro esteja em grave interdição

Apesar dos problemas no continente, presidente do BCE diz que economia real funciona bem

Irlanda e Grécia já precisaram de ajuda internacional devido a crise financeira (Ralph Orlowsk/Getty Images)

Irlanda e Grécia já precisaram de ajuda internacional devido a crise financeira (Ralph Orlowsk/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2010 às 15h54.

Bruxelas - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, disse nesta terça-feira que a estabilidade financeira da zona do euro "não está em interdição de maneira grave", embora reconheceu a existência de "problemas".

Trichet indicou que os observadores "subestimam" a determinação dos governantes e das instituições europeias, e não avaliam adequadamente aos bons sinais da economia real.

Insistiu em que, às vezes, observadores e comentaristas "não conhecem o que ocorre na Europa" e citou vários pontos como evidente, que subestimam os resultados.

Citou o fato de que todos os países europeus estão realizando ajustes fiscais.

Em 2010, o déficit da zona será de 6,3%, enquanto nos Estados Unidos alcançará 11,3% e 9,6% no Japão. Em 2011, os números serão 4,6% na Europa, e de 8,9% nos EUA e no Japão.

Trichet argumentou que a economia europeia "sempre surpreendeu sendo um pouco mais dinâmica do que previu no momento do retorno ao crescimento".

Mencionou o caso da Alemanha, que vai experimentar o crescimento econômico mais elevado desde o "boom" que representou a reunificação.

"A economia real funciona", ressaltou o principal responsável do BCE.

Em terceiro lugar, lembrou Trichet, a Eurozona dispõe de instrumentos para enfrentar problemas de liquidez em seus estados-membros e são instrumentos que "funcionam".

Trichet não quis dar nenhuma pista sobre as decisões que poderia tomar na quinta-feira que vem o BCE em relação com a compra de bônus dos países em dificuldades.

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