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Trichet nega que potências queiram enfraquecer moedas

Presidente do Banco Central Europeu defende que países podem tomar medidas dentro do limite legal

Jean-Claude Trichet negou que os países ricos estejam enfraquecendo suas moedas (Ralph Orlowsk/Getty Images)

Jean-Claude Trichet negou que os países ricos estejam enfraquecendo suas moedas (Ralph Orlowsk/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2010 às 14h55.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet tentou hoje amenizar o acalorado debate internacional sobre políticas de câmbio, negando que as maiores potencias mundiais estão deliberadamente enfraquecendo suas moedas.

Após encontro regular com líderes de outros bancos centrais do mundo na Basileia (Suíça), Trichet argumentou: "absolutamente, nenhum participante mencionou estar em busca de qualquer tipo de política para enfraquecer moedas".

Em contrapartida, ele disse que os bancos centrais no mundo "partilham da intenção comum" de manter as expectativas de inflação bem ancoradas, apesar dos diferentes desafios que enfrentam em seus respectivos países. Trichet discursou como presidente do Comitê de Economia Global, que se reúne a cada dois meses no Banco de Compensações Internacionais (BIS).

Os comentários de Trichet seguem-se ao anúncio de uma nova injeção de recursos na economia norte-americana pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) na semana passada, a qual foi criticada por muitos dos maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos, incluindo a Alemanha e a China.

Muitos países asiáticos possuem laço formal ou informal com o dólar e autoridades da região estão preocupadas que a política de estímulo do Fed crie inflação em seus respectivos mercados domésticos.

A Alemanha, por sua vez, teme que suas exportações sejam prejudicadas pela queda do dólar, que reduz a competitividade de seus produtos.

Trichet disse que cada banco central pode agir somente dentro dos limites de seus mandatos legais. "Os bancos centrais estão tomando ações em seus próprios países, por definição", observou Trichet. "Eles têm responsabilidade por seus respectivos países e cada um deles leva em conta todos os elementos que permitem honrar seus compromissos". As informações são da Dow Jones.

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