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Trichet diz que crise na UE ainda não acabou

Para presidente do BCE, o importante agora é executar rapidamente os acordos fechados

Jean-Claude Trichet: "A implementação rápida e completa das decisões é agora absolutamente decisiva" (Fabrice Coffrini/AFP)

Jean-Claude Trichet: "A implementação rápida e completa das decisões é agora absolutamente decisiva" (Fabrice Coffrini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2011 às 17h46.

Berlim - O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, disse que a crise soberana da UE ainda não acabou e que era muito cedo para afirmar que está tudo bem.

Durante uma entrevista ao jornal Bild am Sonntag, que será publicada no domingo, Trichet disse entretanto que ele estava confiante de que os governos da zona do euro serão capazes de restaurar a estabilidade financeira, desde que as regras determinadas pelo Pacto de Estabilidade sejam implementadas totalmente e de forma mais agressiva.

Trichet afirmou que os acordos fechados pelos líderes da UE essa semana precisam ser aprovados de uma maneira muita rápida e precisa. Ele disse que é "absolutamente importante" que as decisões sejam rapidamente e completamente executadas.

Ele disse que o BCE vai acompanhar atentamente as medidas de reformas dos governos e disse também que já era tempo de "ver algo acontecer".

"A crise não acabou", disse Trichet ao jornal alemão, de acordo com um texto previamente liberado na manhã de sábado.

"Mas, depois das decisões desta semana, estou mesmo assim, confiante que os governos conseguirão restaurar a estabilidade financeira", disse Trichet em uma das últimas entrevistas do seu mandato no comando do BCE.


Ele disse que a pré-condição para que isso ocorra é que "as regras do Pacto de Crescimento e Estabilidade sejam implementadas de forma mais criteriosa e agressiva".

Trichet disse: "As decisões tomadas na cúpula precisam de uma implementação muito precisa e na hora certa. Os governantes da ZE têm uma programação, agora um trabalho árduo aguarda os governos e a Comissão Europeia".

"A implementação rápida e completa das decisões é agora absolutamente decisiva", disse Trichet.

Trichet disse que o BCE gostaria de acompanhar o processo de perto.

"Agora precisamos ver alguma coisa acontecer", ele disse.

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