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Tribunal paquistanês ordena a detenção de novo premiê

Makhdoom Shahabuddin foi escolhido para substituir Yousaf Raza Gilani como primeiro-ministro do Paquistão

Paquistão: O juiz aceitou um relatório com testemunhos e provas da ligação de Shahabuddin com o esquema de corrupção (Getty Images)

Paquistão: O juiz aceitou um relatório com testemunhos e provas da ligação de Shahabuddin com o esquema de corrupção (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 13h46.

Islamabad - Um tribunal da cidade paquistanesa de Rawalpindi ordenou nesta quinta-feira a detenção de Makhdoom Shahabuddin, que fora escolhido para substituir Yousaf Raza Gilani como primeiro-ministro do Paquistão, informou a imprensa local.

A ordem judicial diz respeito a um caso de corrupção relativo à época em que Shahabuddin era ministro da Saúde. Esse escândalo, que favorecia duas empresas na fabricação de medicamentos, também envolve Ali Musa Gilani, filho do ex-primeiro-ministro e sobre o qual também pesa a ordem de detenção.

De acordo com o diário 'Expres Tribune', um magistrado do grupo antinarcóticos, Shafqatula Khan, ordenou que Shahabuddin, o filho de Gilani e uma terceira pessoa sejam detidos e levados ao tribunal antes de uma semana.

Shahabuddin fora escolhido ontem à noite pelo presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, como candidato para ser designado primeiro-ministro na sessão que acontecerá amanha à tarde na Assembleia Nacional.

O juiz aceitou ditar a detenção após atender os membros das forças de segurança que apresentaram um relatório no qual asseguram ter testemunhos e provas da ligação de Shahabuddin com o esquema de corrupção.

O caso remonta a 2010, quando Shahabuddin teria utilizado seu cargo no Gabinete para favorecer duas farmacêuticas de Punyab - região da qual procedem ele e Gilani - na repartição de cotas de produção de um medicamento.

Essa ordem judicial complica ainda mais o panorama político paquistanês, já em estado crítico desde a terça-feira devido à decisão da Suprema Corte de inabilitar o primeiro-ministro Gilani por uma sentença de desacato vinculada a outro caso de corrupção.

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