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Tribunal ordena prisão de 22 estudantes na Venezuela, diz ONG

Os estudantes foram acusados de instigar rebelião, subtrair valores pertencentes às Forças Armadas, destruir a fortaleza e violar a zona de segurança

Venezuela: o país lida com protestos diários desde o dia 1º de abril (Joe Raedle/Getty Images/Getty Images)

Venezuela: o país lida com protestos diários desde o dia 1º de abril (Joe Raedle/Getty Images/Getty Images)

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EFE

Publicado em 4 de julho de 2017 às 12h55.

Caracas - A ONG de defesa dos direitos humanos Foro Penal Venezuelano (FPV) informou nesta terça-feira que 22 dos 27 estudantes da Universidade Pedagógica Experimental Libertador (Upel) detidos no estado de Aragua (norte) e julgados por um tribunal militar serão enviados a duas prisões em outros estados do país.

O representante do Foro Penal nessa jurisdição, Dimas Rivas, indicou através de sua conta no Twitter que os 27 estudantes foram acusados dos crimes de instigação à rebelião, subtração de valores pertencentes às Forças Armadas, destruição de fortaleza e violação de zona de segurança.

Segundo Rivas, o juiz militar ordenou prisão domiciliar para as cinco mulheres que estão entre os 27 estudantes.

Dos 22 homens, metade será detida na prisão de El Dorado, no estado Bolívar (sul), e os demais no Centro para Processados "26 de Julio", no estado de Guárico (centro).

O advogado explicou que a audiência durou dez horas e a decisão foi tomada em meio a "ameaças e intimidações a acusados e advogados".

O deputado opositor José Ramón Arias disse ontem que os detidos "lutaram pela liberdade da Venezuela" durante os mais de 90 dias de protestos contra o governo de Nicolás Maduro, que deixaram 85 mortos e cerca de 1.500 feridos.

A Upel denunciou em um comunicado que "funcionários dos corpos de segurança do Estado de Aragua invadiram o nosso campus e agrediram e detiveram" um grupo de estudantes.

A universidade, que declarou sua "firme rejeição aos ataques", suspendeu as aulas após a operação policial do último domingo, uma medida que já teve que tomar há um mês e meio, quando cinco de seus estudantes foram baleados pela Guarda Nacional (GNB, polícia militarizada) e um deles morreu dias mais tarde.

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