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Tribunal egípcio confirma dissolução do Parlamento

Em sentença de hoje, tribunal ressaltou que 'já não existe' o Parlamento eleito no começo do ano, o primeiro posterior à revolução que tirou do poder Mubarak em 2011


	O presidente egípcio Mohamed Mursi: ausência atual de Parlamento foi utilizada pelo presidente egípcio para reservar-se o poder legislativo
 (Asmaa Waguih/Reuters)

O presidente egípcio Mohamed Mursi: ausência atual de Parlamento foi utilizada pelo presidente egípcio para reservar-se o poder legislativo (Asmaa Waguih/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2012 às 17h45.

Cairo - A Corte Suprema Administrativa do Cairo confirmou neste sábado a decisão da Corte Constitucional que dissolveu em junho a Câmara baixa do Parlamento egípcio, informaram à Agência Efe fontes judiciais.

Em sua sentença de hoje, o tribunal ressaltou que ''já não existe'' o Parlamento eleito no começo do ano, o primeiro posterior à revolução que tirou do poder o presidente Hosni Mubarak em 2011.

A dissolução do órgão legislativo é efetiva de acordo com a decisão que o Tribunal Constitucional emitiu no último dia 14 de junho, explicaram as fontes.

A máxima instância judicial justificou então sua decisão por irregularidades na composição da Câmara baixa do Parlamento, na qual as forças islamitas ocupavam três quartos das cadeiras.

Por outra parte, a Corte Suprema Constitucional atrasou para o próximo dia 15 de outubro a audiência de outro processo vinculado à dissolução do Parlamento.

A ausência atual de Parlamento foi utilizada pelo presidente egípcio, Mohammed Mursi, para reservar-se o poder legislativo - antes nas mãos do Exército - mediante uma declaração constitucional que emitiu no último dia 12 de agosto.

Com estas mudanças, o presidente também se reservou a capacidade de designar uma nova Assembleia Constituinte - encarregada de elaborar a nova Constituição - ''se houver algo que impeça a atual de completar seu trabalho''. 

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