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Tribunal de Bangladesh confirma morte a dirigente islamita

Suprema Corte confirmou pena de morte de dirigente do principal partido islamita do país


	Pena de morte: líder foi considerado culpado por crimes de guerra
 (Yoav Lemmer)

Pena de morte: líder foi considerado culpado por crimes de guerra (Yoav Lemmer)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2014 às 07h59.

Dacca - A Corte Suprema de Bangladesh confirmou nesta segunda-feira a condenação à pena de morte de um dirigente do principal partido islamita do país, que foi considerado culpado por crimes de guerra cometidos durante a luta pela independência em 1971.

Após a rejeição do apelo da defesa, a condenação à pena capital de Mohamad Kamaruzzaman por enforcamento foi confirmada.

A aplicação da pena ainda depende de uma eventual revisão do caso. Além disso, o presidente do país tem o direito de conceder um indulto. Mas a promotoria considera as duas possibilidades reduzidas.

Kamaruzzaman, de 62 anos e assistente do secretário-geral do partido Jamaat el-Islami, será o segundo dirigente islamita a morrer enforcado por crimes cometidos durante a guerra de independência de Bangladesh contra o Paquistão.

Ele foi acusado de assassinato em massa, torturas e sequestros.

A guerra de independência de Bangladesh contra o Paquistão provocou três milhões de mortes, segundo números oficiais do governo de Dacca, e entre 300.000 e 500.000 segundo fontes independentes.

Em dezembro de 2013, Abdul Quader Molla foi executado depois de ser condenado por acusações similares. Na semana passada, um tribunal condenou à pena de morte Motiur Rahman Nizami, presidente do mesmo partido.

Em 2013 uma condenação similar provocou uma onda de protestos e distúrbios. Dezenas de milhares de pessoas enfrentaram as forças de segurança, com um saldo de 500 mortos.

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