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Tribunal condena ex-presidente do Sudão a 2 anos de prisão por corrupção

Omar al-Bashir foi derrubado pelo Exército em abril após protestos e está na prisão de desde então

Condenação: Bashir foi acusado de enriquecimento ilícito e evasão de divisas. Esta é a primeira (./Wikimedia Commons)

Condenação: Bashir foi acusado de enriquecimento ilícito e evasão de divisas. Esta é a primeira (./Wikimedia Commons)

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EFE

Publicado em 14 de dezembro de 2019 às 11h48.

Cartum, 14 dez (EFE).- Um tribunal de Cartum condenou neste sábado o ex-presidente sudanês Omar al-Bashir a dois anos de prisão pelos crimes de enriquecimento ilícito e evasão de divisas.

Esta é a primeira condenação contra o antigo ditador, de 75 anos. A Justiça declarou Bashir culpado por posse ilegal de moeda estrangeira após as autoridades terem apreendido quase 7 milhões de euros na residência do ex-líder dias após ser removido do poder, em abril.

O juiz Al-Sadeq Abdelrahman informou que a pena prevista para esse crime é de até dez anos, mas o sistema atual não permite a condenação de pessoas de mais de 70 anos. Por esse motivo, o ex-governante ficará confinado em um centro social durante esses dois anos.

Além disso, o tribunal ordenou o confisco de todos os bens apreendidos na residência de Omar al-Bashir.

O ex-presidente havia argumentado que o dinheiro fazia parte de um montante de US$ 25 milhões enviados pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman, para ajudar o país e que o resto da quantia foi gasto em assuntos de interesse público.

Bashir foi derrubado pelo Exército em 11 de abril, após quatro meses de protestos da população. Desde então, está na prisão de Kober, em Cartum.

O antigo ditador também foi acusado de violar a Constituição, mas o processo relacionado a esse caso ainda não avançou na Justiça do país.

Omar al-Bashir é acusado de crimes contra a humanidade no Tribunal Penal Internacional (TPI) pelo conflito em Darfur, que começou em 2003, após o levante armado de dois grupos rebeldes e que resultou em 300 mil mortos e 2,5 milhões de deslocados. No entanto, o ex-presidente ainda não foi acusado por esses crimes no Sudão.

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